Os servidores da Secretaria Municipal de Educação continuam pressionando os vereadores de Salvador para votarem o projeto que institui seu Plano de Carreira e Remuneração. Nesta segunda-feira, 17, a diretora da APLB-Sindicato, Elza Melo, ocupou a Tribuna Popular da CMS para fazer um apelo pela apreciação da matéria em regime de urgência, para dar tempo das novas normas entrarem em vigor no início do próximo ano letivo.
Segundo ela a categoria espera pela aprovação do texto na íntegra, sem vetos ou emendas, pois sua redação foi fruto de construção coletiva, embasada por muitos debates. Elza reconhece que o Plano ainda não contempla todos os servidores da pasta da Educação, mas considerou um avanço a inclusão do cargo de assistente técnico-escolar.
Em sua opinião entre as principais conquistas da proposta está a reserva de jornada de trabalho, prevista na Lei do Piso Salarial, importante para os professores que estão em sala de aula. Também citou as gratificações para professores que já dispõem da reserva, para coordenadores pedagógicos, assegurando isonomia com os professores e para os gestores escolares.
“Esperamos que a pauta de votação desta Casa seja desobstruída, para que o nosso Plano de Carreira seja votado o mais rápido possível, pois ele representa a valorização dos trabalhadores da Educação”, disse ela, referindo-se à necessidade dos vereadores votarem, antes, os nove vetos do prefeito ACM Neto que estão sobrestando a pauta da Ordem do Dia.
Para Everaldo Augusto (PCdoB) o Plano é uma grande conquista da categoria. Ele parabenizou a entidade pelo método democrático utilizado para a formatação do projeto. Leandro Guerrilha (PSL) também se solidarizou: “A luta por educação decente passa por salários justos e condições dignas de trabalho”.
Na opinião do presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, Sílvio Humberto (PSB) é urgente a aprovação, “pois só com a valorização da carreira será possível atrair novos professores para a rede municipal”.
Vânia Galvão (PT) apoiou o movimento e fez questão de ressaltar a combatividade da APLB em defesa da categoria: “Esse projeto é uma conquista dos professores e não uma concessão da prefeitura. Não tenho dúvida de que será aprovado por unanimidade”. Suíca, Henrique Carballal e Moisés Rocha, do PT, e Aladilce Souza, do PCdoB, também deram apoio às reivindicações.