Briga na Câmara
Da Redação , Salvador |
12/11/2014 às 23:38
Marcell levanta suspeita sobre vice-lider do governo ACM Neto
Foto: DIV
Após uma tensa sessão ocorrida na Câmara Municipal de Salvador (CMS), na tarde desta quinta-feira (12), o vereador e deputado estadual eleito pelo Partido Verde, Marcell Moraes, explicou o motivo do desentendimento com o vice-líder do governo na casa legislativa, Leo Prates.
O ambientalista informou que atuou apenas no exercício de sua função. "Apesar de fazer parte da base do governo, de achar o prefeito ACM Neto o melhor gestor do país, fui eleito pelo povo e meu papel como parlamentar é fiscalizar. Hora nenhuma acusei a empresa do primo do vereador Leo Prates de ilegalidade, mas obviamente é estranho uma corporação que recebeu em contratos 60 milhões da Prefeitura pertencer a um parente próximo do vice-líder governo. A Câmara tem o dever de apurar esse fato e a sociedade precisa está a par de uma informação tão importante como essa. O vereador Léo Prates se irritou com o meu pronunciamento", esclareceu Marcell.
O verdista lamentou o clima tenso da sessão e pediu comprometimento da Casa no acompanhamento do o caso. "Infelizmente não vou acompanhar os desdobramentos do tema na Câmara porque assumirei o mandato de deputado em fevereiro do próximo ano, mas espero isso dos meus colegas vereadores e continuarei querendo saber se existe algum tipo de favorecimento. É no mínimo estranho a empresa do primo de Léo Prates ter contatos altos, por isso a CMS precisa acompanhar a empresa Metrus", completou Moraes.
VAI PROCESSAR
O vereador Léo Prates (DEM) vai dar entrada em um processo ético disciplinar contra o vereador e recém eleito deputado estadual pelo PV, Marcell Moraes. Com isso, o parlamentar municipal pretende obter a cassação do novo mandato de Marcell, que assumirá uma das 63 cadeiras na Assembleia Legislativa do Estado em 2015. A decisão de Léo Prates teve origem após ambos trocarem ofensas no plenário Cosme de Farias, na Câmara Municipal de Salvador, na tarde desta quarta-feira, 12.
De acordo com a assessoria de Léo Prates, a confusão começou quando Léo entrou com um requerimento para dissolução da Comissão Especial do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Segundo o vereador, os membros da comissão deveriam ter sido indicados pelos líderes do governo e da oposição, mas não foram, constatando-se uma ilegalidade.
Ainda segundo a assessoria do vereador, Marcell Moraes, irritado com a situação, arremessou uma pasta e outro objeto contra Léo. Durante a discussão, Marcell teria citado uma empresa do primo de Léo Prates que ganhou licitação para prestar serviços para o município. A assessoria de Léo, no entanto, salientou que o vereador não pode responder pelos atos dos seus familiares