"Cultura não pode ser confundida com tortura", diz Marcell
Ascom MM , Salvador |
05/11/2014 às 12:26
"Fui eleito para defender a causa animal, ao contrário de Eduardo Salles que teve sua campanha financiada por agropecuaristas ou interessados na promoção deste tipo de evento, como pode ser verificado na lista de doadores disponível no site do TRE. Com certeza ele vai proteger os interesses privados”. A afirmação foi feita pelo deputado estadual eleito pelo Partido Verde, Marcell Moraes, em resposta à declaração do ex-secretário da Agricultura do Estado que classificou a prática das vaquejadas como atividades esportivas e socioculturais, se opondo as propostas do verdista
"Meu objetivo não é desempregar ninguém, mas cultura não pode ser confundida com tortura. Precisamos lutar para aumentar a pena de quem maltrata os animais. É inadmissível que em pleno século XXI existam pessoas coniventes com práticas tão brutais contra os animais. Em algumas cidades do interior de São Paulo a proibição das vaquejadas já é lei, então vou buscar a aprovação na Assembleia para trazer esse dispositivo para Bahia", rebateu Moraes.
O assunto veio à tona após Marcell, em uma entrevista à uma emissora de rádio local, ter se manifestado contra as vaquejadas por praticarem maus tratos aos animais, inclusive comprometendo-se em apresentar na Assembleia Legislativa um projeto que proíba todo evento que exponha animais a crueldade ou sacrifícios. "Vou lutar para acabar com as vaquejadas na Bahia, doa a quem doer, porque fui eleito para defender os animais, não interesses pessoais e privados”, concluiu.