Política

HILTON COELHO exige punição para Setps e empresas de ônibus de SSA

Segundo o socialista os usuários passaram por constrangimentos e humilhações
, da redação em Salvador | 06/10/2014 às 18:56
Hilton: pena severa para o Setps
Foto: Limiro Besnosik

“Exigimos que a prefeitura cumpra com sua função e puna os empresários exploradores do transporte coletivo em Salvador. Dá para imaginar o efeito nefasto que teria centenas de cartões bloqueados se as eleições fossem nesta sexta-feira?”.

A afirmação é do vereador Hilton Coelho (PSOL) sobre os transtornos causados no último dia 3, quando centenas de passageiros tiveram o SalvadorCard bloqueado quando tentavam viajar e passar nas catracas. Ele defende punição por parte do prefeito ACM Neto contra o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps) e as empresas do setor.

Para o socialista o Município e os empresários precisam dar satisfação à população e quer não apenas a restituição dos valores, prometida para esta segunda-feira, 6: “Ora, as humilhações que os passageiros sofreram não tem preço. Recebemos o relato de uma passageira que disse estar indignada com o episódio. Parecia que ela era uma bandida, batedora de carteira. Os problemas técnicos nas catracas não foram comunicados aos cobradores que, por sua vez, deveriam avisar isso a quem não conseguisse passar o cartão. Era o mínimo. Foi um vexame quando ela ouviu o cobrador gritar: 'Senhora, seu cartão tá bloqueado'. Todos os demais passageiros se viraram para ver quem era a do cartão bloqueado. Uma vergonha que marca quem a sofre”.

Mais grave ainda, segundo o edil, foi a situação dos passageiros sem dinheiro, confiando apenas no crédito do cartão, pois “enfrentaram um misto de desespero e vergonha”.

Em sua opinião essa concessão de serviço público deve ser fiscalizada com rigor pelo poder concedente, a Prefeitura: “Quando a administração pública delega a outrem a execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, isso não a isenta da responsabilidade de proporcionar um serviço adequado. Esta nefasta sexta-feira mostrou que a transferência da gestão e execução do transporte coletivo não contou com o acompanhamento rigoroso da gestão municipal. Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários”.

Como não houve a fiscalização ele exige a adoção de ações concretas: “Os atrasos nos afazeres da população foram muitos e diversificados e não podem ser esquecidos com uma lacônica nota do Setps informando que 'todas as ações e providências cabíveis foram tomadas'. Exigimos uma ação firme da prefeitura municipal, que não pode ceder diante dos interesses dos empresários e deixar a população desassistida”.