A nova bancada de deputados federais tem 23 dos 39 deputados alinhados com o governo Wagner/Rui e oposição fica com 16 deputados. Esse número poderá ser alterado a depender da eleição de um dos dois candidatos a presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e/ou Aécio Neves (PSDB).
Hoje, por exemplo, os 23 eleitos são da situação (base Wagner/Dilma), mas, caso Aécio seja eleito esse grupo passa a ser oposição; e vice versa: os 16 hoje na oposição (Imbassahy, Lúcio, etc) passam a ser situação.
O peemedebista Lúcio Vieira Lima foi o parlamentar baiano mais votado, com 221.852 votos. A renovação na bancada da Bahia foi de 41%. Alguns nomes diante de votações tão expressivas podem ser considrados surpresas, como os do irmão Lázaro (PSC) e da Tia Eron (PRB), vereadora em Salvador. Já nomes antigos na CF, como o de Marcos Medrado ficou de fora.
Partidos
A Assembleia Legislativa teve uma renovação de 33% considerada baixa considerando que alguns deputados sequer concorreram como Maria Luiza Laudano, Maria Luiza Orge, Graça Pimenta e outros que se candidataram a deputados federais - João Carlos Bacelar, Paulo Azi, Yulo Oiticica, Elmar Nascimento, etc.
O novo governador Rui Costa terá base inicial de 33 políticos na Assembleia - o que lhe daria uma maioria na Casa bastante apertada.
O número, porém, pode crescer e chegar a até 40 políticos, a depender de como irão se comportar políticos da coligação Juntos Somos Fortes (PV / PPS / PSDC / PTC / PRP / PT do B) - cujos partidos apoiaram a candidatura de Paulo Souto (DEM) - e da coligação Um Novo Caminho para a Bahia (PSB / PSL / PPL), que estiveram com Lídice da Mata (PSB).
A oposição, a princípio, seria formada por 23 políticos, o que daria ao grupo uma condição um pouco melhor do que ocorreu durante os últimos anos do governo Jaques Wagner (PT).
No total, 17 partidos elegeram representantes para o Legislativo baiano. As legendas com o maior número de integrantes na Casa são PT (11), PSD (8), DEM (6), PMDB (6), PP (5), PDT (5).
Novatos
A taxa de renovação da Assembleia Legislativa, de 33%, foi consideravelmente menor do que a registrada na última eleição, de 49%. Dos novatos, cinco vieram da Câmara Municipal de Salvador, três deles em seus primeiros mandatos no Legislativo soteropolitano. Marco Prisco (PSDB), Fabíola Mansur (PSB) e Marcell Moraes (PV) chegaram à Câmara soteropolitana em 2012.
Os outros dois vereadores da capital baiana que se elegeram deputados estaduais foram Alan Castro (PTN) e David Rios (PROS). Médicos, ambos haviam se licenciado de seus mandatos na Câmara Municipal.
Líder das duas últimas greves da Polícia Militar no estado, Prisco foi o terceiro deputado estadual mais votado, com 107.941 votos (dados referentes a 99,5% das urnas apuradas). Mesmo contestado e criticado por veterinários e pessoas ligadas à causa da defesa dos animais, Marcell foi eleito, aumentando a bancada do PV na Casa de um para dois representantes.
Com 145.340 votos, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT) foi novamente o deputado estadual mais votado. O segundo lugar ficou com o deputado Pastor Sargento Isidório, que teve 123.171 votos. Isidório se define como "ex-gay" e ganhou notoriedade pelas declarações consideradas homofóbicas.
Outro evangélico que chegou à AL-BA foi o pastor Manassés (PSB), dono de uma instituição que leva o seu nome e realiza tratamento de recuperação de dependentes químicos, segundo relatos dos conhecidos vendedores de canetas nos ônibus.
O ex-jogador de futebol Bobô, ídolo do Esporte Clube Bahia, também conseguiu se eleger, pelo PCdoB. Ele ocupou o cargo de diretor geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb).
Houve ainda, como é usual, deputados que não disputaram a reeleição e conseguiram eleger seus filhos. Foi o caso de João Bonfim, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que colocou Vitor Bonfim (PDT) em seu lugar. Ou de Luciano Simões (PMDB), que elegeu o filho homônimo.