A prisão de Raimundo Silva de Jesus, funcionário da empresa de limpeza urbana Revita, na tarde do último domingo, 21, pela Guarda Municipal de Salvador, causou indignação ao vereador Luiz Carlos Suíca (PT). Ele se associou às diretorias da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) e do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA), na denuncia da agressão.
O trabalhador foi detido sob a alegação de ter furtado os dois telefones celulares que portava. Após reagir às acusações foi agredido pelos guardas e, mesmo alegando inocência, foi conduzido com alarde à 1ª Delegacia de Polícia, nos Barris.
Para o petista, que é dirigente licenciado do Sindlimp, “os trabalhadores em limpeza urbana proporcionam à sociedade o bem-estar, melhor qualidade de vida, defesa da saúde pública e tantas outras vantagens. Mesmo assim ainda somos vistos com discriminação”.
Na opinião de Ana Angélica Rabello, coordenadora da entidade, trata-se de um ato de discriminação, violência e exacerbação de função: “Raimundo Silva de Jesus, trabalhador correto, honesto, 44 anos, pai de família, foi humilhado, agredido na Praça Castro Alves, na frente das pessoas e tratado como um marginal”. A instituição acionou seu Departamento Jurídico para tomar as medidas cabíveis.
Segundo Edson Conceição Araújo, integrante da direção executiva da CUT-BA, o operário está abalado emocionalmente: “Os danos morais que sofreu são irreversíveis. Foi tratado com arrogância e desprezo”.