O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) emitiu nota oficial nesta quinta-feira, 18, para rebater o que ele classifica de inverdades, divulgadas nas redes sociais e pela imprensa, sobre seu voto ao projeto do prefeito propondo a desafetação e alienação de imóveis municipais.
O petista, que é presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara de Salvador afirma fazer oposição “com franqueza e critico sempre que os interesses da população forem atacados. A cidade de Salvador, a Bahia e o Brasil são muito maiores que mesquinharias e mentiras. Para fazer o Brasil avançar mais, vamos unidos contra as mentiras e o retrocesso”.
Eis a íntegra da nota:
“Quem não tem base, pouco ou nada representa, em nada acrescenta com sua presença a luta popular pela construção de uma Salvador e uma Bahia melhor para todas e todos vive a cata de alguns milímetros na mídia impressa e alguns segundos nas televisões e rádios. Para aparecer fazem de tudo, até atacar companheiras e companheiros que estão no mesmo campo de luta política.
Querem me tachar, assim como a maioria dos vereadores do PT, de termos atuado de forma contrária ao que determina os princípios partidários. É uma inverdade. Votei e sempre votarei com a minha consciência tranquila do dever cumprido. Faço oposição a atual administração municipal, mas não faço oposição a cidade de Salvador. Quero o melhor para a nossa cidade.
Em relação aos 59 terrenos desafetados é preciso que fique claro que o prefeito ACM Neto já contava com 29 votos no plenário para votar seu projeto de desafetação dos imóveis da forma original, isto é, da forma que foi apresentado à Casa. Não foi o voto do PT e PSB que assegurou a vitória do executivo.
Graças a habilidade política e capacidade de negociar que asseguramos a retirada da Praça Wilson Lins (no antigo Clube Português), uma área verde no Itaigara, um terreno do estado na Avenida Garibaldi e a cessão de uma área para a construção de um conjunto habitacional para os servidores da Câmara Municipal der Salvador. Protegemos os interesses dos petroleiros e o sonho da casa própria dos servidores da Câmara. Consideramos isso uma grande vitória porque não fosse nossa postura firme tudo seria perdido.
Quero deixar patente que os terrenos municipais estavam e estão sendo utilizados por negócios privados. Um dos princípios que defendemos é que espaço público é para ação pública e de preferência gratuita. Ora, nos terrenos encontramos universidades privadas que cobram caro dos estudantes, restaurantes de luxo onde a maioria da população de Salvador não tem dinheiro para frequentar. É isso que queriam que defendêssemos? Se a resposta é sim, traidor é quem defende um absurdo desse.”