O início de atividades do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT, a ser inaugurado nesta sexta-feira, 12, às 13 horas, na Rua Almirante Barroso, nº 8-A, Rio Vermelho foi comemorado pela vereadora Fabíola Mansur (PSB) . A unidade é fruto da iniciativa da socialista na Câmara Municipal, com o apoio do Grupo Gay da Bahia (GGB) e recursos assegurados através de emenda feita pela senadora Lídice da Mata (PSB).
A edil não poderá estar presente à abertura do projeto, mas ressalta a importância da medida: “A capital da diversidade precisava de um espaço publico democrático para garantia da cidadania LGBT e enfrentamento à homofobia em Salvador. É com grande satisfação que desejo sucesso na efetivação desse centro, pois batalhei pela aprovação deste importante equipamento”.
O objetivo é prestar serviços à comunidade gay no desenvolvimento de ações que combatam a violência homofóbica e a discriminação contra pessoas LGBT. Além disso contribuir para a formação de profissionais voltados para a promoção de uma cultura de respeito à diversidade sexual, acompanhar e monitorar os dados da violência homofóbica no estado da Bahia, além de idealizar e gerar ações de cidadania por meio de diversas linguagens socioculturais.
Para Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), será mais um espaço de acolhimento, orientação e encaminhamento a assuntos ligados a violência e ao cotidiano dos LGBTs: “Os serviços de psicologia, assistência social e jurídica são essenciais para um grupo tão acostumado a não ter seus direitos assegurados. Esperamos que surjam, em breve, novas ações que ofereçam aspectos culturais, trabalhistas, entre outros, para garantir mais formas de inclusão a esse grupo. É através de políticos como Fabíola Mansur, que criam projetos desta importância, que conseguiremos reduzir as violências aos grupos LGBTs”.
De acordo com dados do site Quem a Homofobia Matou Hoje?, mantido em parceria com o GGB, só no ano passado foram 311 casos de violência com morte no país, um crescimento maior do que 200% em relação a 2011, quando o total era de 98 casos. A Bahia ficou em 4º lugar no número de óbitos (20), empatando com o Rio de Janeiro. Os estados que registram os maiores números de ocorrências são Pernambuco (34), São Paulo (29) e Minas Gerais (25).