Durante visita da presidente Dilma Rousseff (PT) em Salvador, nesta sexta-feira (29, para receber homenagem de grupos afros no Centro Histórico (Pelourinho, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) pediu mais acesso para jovens negros em programas do governo federal. “É preciso que a política de juventude do governo tenha um olhar específico para os jovens negros e contemple lazer, cultura, educação e trabalho”, afirma o parlamentar. Dilma esteve também, junto com o candidato ao governo da Bahia do PT, Rui Costa, no Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) da capital baiana, onde são ofertados cursos técnicos em parceria com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado em 2011 pela petista.

 

A presidente visitou ainda três laboratórios (de Polímeros, Microeletrônica e Robótica), e falou com alunos beneficiados pelo Pronatec e outros programas educacionais federais, como o Ciência sem Fronteiras. De acordo com informações, a Bahia, de 2011 a 2013, matriculou 400,6 mil pessoas em cursos técnicos. Deste número, cerca de 89,4% são negros, 60,75% mulheres e 64,7% jovens. “Agora Dilma tem que ampliar essa oferta de cursos de educação profissional e tecnológica por todo Brasil para beneficiar mais jovens negros. O governo federal afirma que até o final deste ano, serão 8 milhões de vagas para jovens e trabalhadores de todo o país em cursos técnicos. Teremos essa continuidade no segundo mandato, com mais 20 milhões de matrículas”, completa Valmir.

 

Em site oficial de campanha, Dilma disse que ficou encantada com a unidade de polímeros, “porque lá eles estão criando materiais. Combinam plástico com sisal e dá um material que pode ser usado, por exemplo, nas unidades do Minha Casa, Minha Vida, tanto na parte de cerâmica, quanto na parte de revestimento”, disse a presidente. “O Brasil precisa de uma quantidade muito grande de técnicos. E precisa também de institutos federais como o Cimatec, porque aqui tem um nível de laboratório que é para de fato modernizar a nossa indústria e criar um novo padrão industrial no Brasil”, conclui Dilma.