Tive o cuidado de nas diretrizes do nosso programa de governo, que convido para conhecê-las, dar uma ênfase muito especial na valorização das potencialidades da nossa cultura regional. O Brasil são vários 'Brasis', unidos por um só sentimento, no mesmo território, mas com vocações absolutamente distintas. Através da valorização da educação de qualidade, através da valorização dessas características culturais que temos extremamente intensificadas,  temos um instrumento na nossa mão, pouco utilizado hoje, de inserção econômica, por um lado, mas, sobretudo, social. Temos que utilizar a cultura, o esporte, todas as manifestações naturais da nossa gente como instrumentos catalisadores, instrumentos que permitam a construção de um futuro melhor pra todos.

Em Minas Gerais, que sempre será uma inspiração para o nosso governo, colocamos em prática programas como o "Fica Vivo", que permite uma participação da sociedade organizada, dos cidadãos sem organização social alguma, ou o setor público, em especial, o setor de segurança pública, que passam a conviver nos finais de semana no mesmo espaço, passam a construir políticas culturais conjuntamente, participam de atividades esportivas conjuntas, isso permitiu que nessas regiões de alta criminalidade tivéssemos uma redução de até 50% nos crimes, por uma nova relação dos jovens, principalmente, com o Estado organizado e em especial com as forças de segurança.

 Acredito que, além da dramática situação da saúde pública, da carência de educação de qualidade, a questão de segurança se coloca hoje como uma grande prioridade para essa região e para as demais regiões do país. E espero que com esse conjunto transversal de ações, propostas nas diretrizes do nosso plano de governo e aqui, nas linhas gerais que estamos apresentando, possamos gerar aquilo que é fundamental: esperança, sobretudo para os jovens brasileiros, para os jovens dessa região, e condições deles próprios construírem o seu futuro.

 

Sobre o papel do Estado.

 Quero encerrar minhas palavras dizendo que não acredito, filosófica e conceitualmente, no Estado absoluto provedor. No Estado que transforma sua vida, como assistimos no discurso oficial. Quem transforma a vida de cada um é o cidadão que acorda cedo, se prepara, estuda, trabalha, corre atrás de um futuro melhor. O Estado tem que ser um parceiro. Tanto em segurança, também em educação de boa qualidade, fazendo o país crescer para que ele possa ter empregos também cada vez de maior qualidade, uma saúde digna.

 O meu governo não será o governo que vai por si só alterar a vida das pessoas, mas será o governo parceiro para que cada um, com seu esforço, seu preparo e com a sua qualificação possa construir o seu próprio futuro. No meu governo não faltará solidariedade e generosidade, principalmente com aqueles que mais precisam da ação do Estado.

Hoje é um dia histórico na nossa campanha. Selamos aqui um pacto definitivo com o Nordeste brasileiro embasado, referendado e apoiado pelas principais e mais respeitadas lideranças do Nordeste brasileiro. Estou extremamente honrado, meu governador Paulo Souto, por ser aqui recebido pelo amigo, mais uma vez pelo meu queridíssimo amigo irmão ACM Neto, Joaci, Geddel Vieira, nossos companheiros que disputam a eleição, porque a parceria é fundamental. E teremos um governo parceiro, o governo da refundação da Federação, o governo que vai permitir aos municípios eles próprios enfrentarem em melhores condições as enormes dificuldades que têm hoje. Ao lado do senador Aloysio Nunes, agradeço a presença e a participação de todos vocês.

Sobre Marina Silva.

Tenho enorme respeito pela candidata Marina e ela terá oportunidade de apresentar ao Brasil as suas propostas, mas reafirmo: temos um conjunto de projetos, discutidos amplamente com a sociedade brasileira, que são melhores para o Brasil. Queremos acreditar que é possível sonhar e executar, transformar esses sonhos em realidade. Ninguém tem o time qualificado que temos hoje para permitir que, rapidamente, o Brasil resgate a confiança em si próprio, volte a sonhar com um futuro melhor.

 Farei uma campanha respeitável, respeitosa, propositiva, uma campanha que debata a realidade das pessoas, que debata como vamos superar o atraso da qualidade da saúde público, como vamos melhorar o nível da educação, como vamos enfrentar o flagelo das drogas, que dizima famílias no Brasil inteiro, como vamos resgatar a capacidade de atrair o capital privado, para nos ajudar a fazer os investimentos que até hoje não vieram. 

O que tenho que fazer nesse instante é o que estou fazendo aqui: apresentando propostas, e cada vez mais me convenço que elas são as melhores para o Brasil e que estaremos no segundo turno, e do segundo turno, prontos não apenas para ganhar as eleições, mas para governar e governar muito bem o Brasil.