O Governo do Estado e a administração privada do Hospital Espanhol são responsáveis pelas dificuldades financeiras enfrentadas pelos trabalhadores da instituição, com vencimentos em atraso e não pagamento de direitos trabalhistas. A acusação foi feita nesta quinta-feira, 21, pelo vereador Hilton Coelho (PSOL).
Segundo ele “mais de 400 trabalhadores foram demitidos em julho sem receber os salários de maio e junho. As parcelas rescisórias como férias e 13º também não foram pagas e nem mesmo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi quitado. Um ataque aos direitos trabalhistas”.
De acordo com o socialista o Espanhol é ligado ao Sindicato dos Hospitais Filantrópicos da Bahia (Sindifiba), representante dos grandes hospitais da Bahia que têm o título de “filantrópicos” como é o caso do Santo Amaro, Sagrada Família, Português, Espanhol, São Rafael, Santa Izabel e outros.
Para o edil, “eles não se movem pela filantropia e sim pelos preços altos que cobram. Agora, na crise, o governo estadual colocou recursos públicos para salvá-lo. Foram mais de R$ 160 milhões de dinheiro público em uma empresa privada que mal administrada está falindo”.
Além dos profissionais de nível médio como auxiliares, técnicos de enfermagem e higienização também os médicos sofrem com a situação e estão em greve desde a terça-feira, 12. “Expressamos nossa irrestrita solidariedade aos profissionais de saúde do Hospital Espanhol que só retornarão ao trabalho normal quando da reconquista das condições plenas de trabalho e do pagamento integral de todos os direitos trabalhistas devidos”, afirmou Hilton.