Política

Desconhecimento de Dilma sobre irregularidades na Petrobras é grave

Declarações do deputado Antonio Imbassahy
Eliana Frazão , Salvador | 03/08/2014 às 12:35
Baseados em denúncias publicadas na Revista Veja, desta semana, integrantes da oposição no Congresso, vão cobrar explicações da presidente Dilma Rousseff sobre a participação de um assessor especial do governo que supostamente antecipou perguntas aos depoentes da CPI da Petrobras instalada no Senado e formada em maioria por governistas.

Segundo o deputado federal e líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, uma das primeiras medidas a serem adoradas, já no início desta semana, será o pedido de substituição do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, a quem o assessor especial Paulo Argenta, é subordinado. Imbassahy segue para Brasília nas primeiras horas da segunda-feira, para reunir a bancada.  

De acordo com a Veja, Argenta seria um dos responsáveis pela elaboração de parte das perguntas encaminhadas aos representantes da Petrobras. Imbassahy descrês que a presidente desconhecesse esse esquema.

"Se ela disser que não sabia, como é a prática desse governo do PT, fica patente a sua falta de autoridade para comandar o país", afirmou, completando que considera revoltante constatar que a presidente Dilma permitiu toda essa operação. “E se não permitiu, já que negam conhecimento sobre tudo, ela foi estupidamente incapaz de impedir essa ação criminosa, que teve a participação de auxiliares dela na Secretaria de Relações Institucionais e da própria direção da Petrobras”, afirmou Imbassahy.

 Conforme o líder, além do ministro os tucanos querem o afastamento também de do relator da CPI, senador José Pimentel (CE). Ele lembra que uma CPI tem as mesmas prerrogativas de um órgão de investigação para localizar culpados de crimes. Essa operação do Palácio do Planalto é equivalente a obstruir a ação da justiça”, declarou.