Política

EMPRÉSTIMO negado pelo Desenbahia à Prefeitura gera protestos na CMS

Governistas apontam motivação política eleitoral para a recusa do governo do Estado
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 18/07/2014 às 18:57
Paulo Câmara e Tiago Correia: em defesa do prefeito
Foto: LB

Depois de negado o empréstimo de R$ 100 milhões à Prefeitura de Salvador, por parte do Desenbahia, o prefeito ACM Neto anunciou o envio à Câmara Municipal do pedido para revogar a autorização da operação. O episódio foi lamentado pelo presidente da CMS, vereador Paulo Câmara (PSDB).

A nota divulgada pelo palácio Thomé de Souza informou a recusa do governo estadual em conceder o financiamento de R$ 38 milhões para implantar uma via ligando Cajazeiras à BR-324, alegando limitações orçamentárias por parte da agência de desenvolvimento.

Para o tucano a população será prejudicada: “Essa é uma intervenção que beneficiaria milhares de pessoas na cidade. Por isso lamentamos a informação de que o empréstimo foi cancelado, sobretudo por ter sido votado na Câmara e ter surgido do entendimento entre estado e município”.

O governista Tiago Correia (PTN) defendeu uma rápida aprovação da matéria do Executivo, mas acusou: “Certamente existem questões políticas e eleitorais por trás dessa decisão, que é muito mais política do que técnica”.

Em sua opinião “o Desenbahia alegou limitações financeiras do banco, mas lembro que o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), aliado importante do governador Jaques Wagner, já havia garantido o empréstimo em entrevistas. Ele chegou a dizer, inclusive, que as obras de recapeamento na cidade eram feitas com recursos desse empréstimo que nunca saiu do papel e não vai sair mais por questões eleitorais e mesquinhas”.

O edil lamenta que a campanha eleitoral interfira em decisões administrativas do governo baiano, prejudicando a cidade: “Querem inviabilizar a licitação do transporte público e agora a gente teme até que eles façam o mesmo em relação ao BRT que vai fazer a ligação entre a Estação da Lapa e a região do Iguatemi. Esperamos que o governo federal também não seja contaminado por essa disputa política. O prefeito ACM Neto sempre soube separar as coisas, tanto que procurou manter uma relação harmônica com os governos federal e estadual. Pena que o PT da Bahia não saiba fazer isso e só seja republicano no discurso”.