Parlamentar do PMDB diz que oposição vai obstruir o PL que criar a Entidade Metropolitana da forma em que foi enviada à Assembleia
Tasso Franco , da redação em Salvador |
10/06/2014 às 17:21
Bruno Reis diz que o prefeito ACM Neto agiu corretamente ao fiscalizar a Embasa
Foto: BJÁ
Com base em dados de relatórios da PMS sobre a atuação da Embasa, empresa que considera "ineficiente e prejudicial à cidade", o deputado Bruno Reis (PMDB) afirmou ao BJÁ nesta tarde de terça-feira, 10, que o PL emanado do Poder Executivo que cria a Entidade Metropolitana é "inconstitucional porque fere a autonomia dos municípios" e representa uma retaliação ao prefeito ACM Neto, o qual segundo o parlamentar "quer o melhor para a cidade e para sua população".
Bruno disse que, embora a Prefeitura tenha informado à Embasa com 90 dias de antecedência os locais que faria obras de requalificação do asfalto nas ruas e praças da capital, a Embasa dias depois das obras concluidas vinha com máquinas e esburacava tudo deixando os locais irreconhecíveis.
Para o parflamentar do PMDB se trata de ações premeditas contra o prefeito prejudicando os moradores e a cidade. Bruno mostrou um album contendo fotos de alguns dos locais onde a Embasa esburacou, como na Praça Eduardo Dotto, em Paripe; a rua Celika Nogueira, em Águas Claras; a Marques de Caravelas, na Barra; entre outros.
Ainda de acordo com Bruno, a Embasa nunca respondeu os oficios da Prefeitura desconhecendo-a completamente, como se fosse a dona da cidade. "É uma empresa que não respeita a cidade e sua gente mesmo que, 45% de sua receita seja dos moradores da capital".
No entendimento do peemedebista a Embasa passou dos limites, cobra as tarifas mais caras do país, nos últimos anos com valores 86% acima da inflação, investiu na capital apenas 5.9%, em 2011; e 11%, em 2012 e da forma como ela e sua diretoria (a Embasa) tratam a cidade, a universalização só se dará em 2040.
Na opinião do peemedebista, Salvador que vinha bem com o Bahia Azul está ficando para trás nos últimos 7 anos do governo Wagner.
CHEQUE EM BRANCO
O deputado destacou, por fim, que a oposição aceita discutir um PL de Entidade Metropolitana, mas, para isso, "é preciso que o governo retire esse projeto que está aí e venha para a mesa do debate, sem violar os principios constitucionais e sem afrontar Salvador. Da forma que está, vamos obstruir, porque se compactuarmos com sua aprovação significa que estaríamos dando um cheque em branco ao governador".
