ACM Neto comenta que Wagner quer desviar o foco
BN , Salvador |
09/06/2014 às 16:30
ACM Neto quer desviar foco da ineficiência da Embasa
Foto: Cooperphoto
O R.prefeito ACM Neto anunciou que a regulação e fiscalização do sistema de abastecimento de água e esgoto da cidade será feita a partir do próximo dia 15 pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal). O prefeito também falou sobre as deficiências e prejuízos causados pela Embasa a Salvador.
Respondeu, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (9), à acusação do governador Jaques Wagner de que pretende promover a privatização da Embasa e informou que a administração criou uma agência com a função de regular e fiscalizar o serviço da companhia.
“O discurso de que a gente quer privatizar é diversionista, quer desviar o foco. Não existe [interesse de privatização]”, defendeu. “Eu encaminhei para o governador [Jaques Wagner], faz uns 20 dias, um ofício informando que a prefeitura estava desfazendo o contrato que transferia para o Estado a possibilidade de fazer a regulação do serviço de água e esgoto. Então, esse serviço é municipal. É uma concessão. E a regulação, a fiscalização e o controle têm que ser municipal”, explicou.
Segundo ele, o Município criou uma agência reguladora para exercer essas funções, a Sal. “Só está em jogo trazer para a prefeitura a regulação do serviço, ou seja, fiscalizar, controlar, cobrar. É isso que está em jogo”, completou. Neto conta que contratou um estudo com as Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que mostraria deficiências da Embasa, que será apresentado à imprensa a partir das 16h30.
“Não há, nesse estudo que vamos apresentar hoje, nenhum caráter político. São todas informações técnicas, que comparam a Embasa com outras empresas de saneamento no país, que mostram a posição de Salvador comparada com outras capitais do país”, diz. Além do resultado apontado no relatório, o gestor argumenta que a empresa chegou a abrir 200 buracos em vias que passaram por recuperação asfáltica.
“A Embasa é avisada com antecedência da área onde vamos recuperar o asfalto, para que possa intervir naquela área antes e só depois a gente entra. Só que a Embasa diz que pode recapear e depois vai lá e faz estragos”, criticou.
De acordo com o prefeito, as conversas com a companhia sobre os problemas já duram um ano e meio, mas não obtiveram avanços. “Eu falei com o governador várias vezes sobre este assunto. Agora, chega um tempo em que as coisas não avançam e a gente precisa defender a cidade. Eu não posso crer que isso seja fruto de desalinhamento político ou administrativo.