Gaban disse que BJÁ que uma possível posse de Zezéu no TCE não inibe ou invalida a ação judicial
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/06/2014 às 13:05
Caixão de defunto já foi recolhido do plenário e será doado, segundo fontes em off
Foto: BJÁ
A bancada da oposição decidiu que vai entrar na Justiça para tentar anular a sessão do último dia 28 de maio quando foi eleito o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), para uma vaga no TCE, em substituição a Zilton Rocha. Para isso já foi contratado o escritório de advocacia de Ademir Ismerim , mas, ainda não há um prazo definido quando será dada entrada no documento no TJ.
Segundo o deputado Carlos Gaban (DEM), candidato derrotado para Zezéu em segundo turno por 35 votos x 23 votos, a argumentação para consubstanciar a ação já está completa e se baseia em 5 pontos básicos:
1- O presidente da Casa, Marcelo Nilo, foi advertido pelo deputado Elmar Nascimento, de que parlamentares estavam sendo coagidos para votar; 2- Mesmo alertado de que estavam fotografando o voto, o presidente disse que nada poderia fazer (a lei eleitoral proibe uso de câmaras e celulares na urna inviolável); 3 - depoimentos de parlamentares de que foram coagidos; 4 - Depoimento do deputado Isidório (release que este liberou à imprensa) afirmando que fotografou seu voto: 5 - Recusa do presidente Marcelo Niulo, ao ser provocado pelo deputado Bruno Reis, solicitando a anualção da sessão, dizendo que "não anularia a sessão".
Ainda segundo Gaban, será anexada toda uma documentação da Casa (imagens da TV Assembleia) e dos veiculos de conunicação de Salvador mostrando o que aconteceu na sessão e todos os considerados (pela oposição) vicios praticados no dia 28.
O líder do governo na Casa, deputado Zé Neto, diz que não vê "objeto" de um móvel para ação judicial e considera que o processo foi legal. Destaca, ainda, que se houve algum flash em urna ou outro fato, se deu alheio a qualquer tipo de possível orientação da liderança nesse sentido.
Para o deputado Álvaro Gomes (PCdoB), o qual foi à tribuna destacar a lisura do pleito que alçou Zezéu ao TCE, a oposição quer apenas marcar posição.
Já o deputado Adolfo Viana (PSDB) disse que Alvaro estava "faltando com a verdade e a cabine de votação do dia 28 último foi um verdadeiro lambe-lambe" (Se referia a antiga máquina fotográfica onde o profissional metia a cabeça dentro de um pano preto e depois espoucava um flash).
Viana também classificou o líder do governo de "omisso" por não ter interferido junto a seus pares para impedir o "lambe-lambe".
VOTO ABERTO
No entedimento da deputada Luiza Maia (PT), a qual também discursou nesta quarta-feira, o que a Assembleia precisa mesmo é dispensar as formalidades e votar logo o seu projeto do voto aberto para todos os momentos.
Para o deputado Elmar Nascimento (DEM), em contra-ponto a Luiza Maia este disse que, de fato, o melhor é importante a Assembleia aprovar o voto aberto, "pelo menos evita que os deputados do governo passem por humilhações e pressões como aconteceram na votação para Zezéu".
