O vereador Leo Prates (DEM) denunciou na Câmara de Salvador o atraso de seis anos na construção do único ginásio poliesportivo da cidade, em Cajazeiras, pelo Governo do Estado. Segundo ele no local da obra só existem atualmente “estruturas metálicas ainda desmontadas”.
Para o democrata, vice-líder da bancada governista, é muito tempo aguardando o cumprimento da promessa. O projeto foi lançado em 2008, mas a obra só iniciou em 2010: “Já estamos em meados 2014 e não se vê sinais que a conclusão será esse ano. Em tempos de Copa do Mundo, percebemos que o Governo do Estado se preocupou mais com a Arena Fonte Nova, que ficou pronta em três anos, do que com a qualidade de vida da população de Cajazeiras”.
O equipamento custaria R$ 5 milhões, mas passou por alterações com diminuição das medidas e o valor passou para R$ 7,5 milhões, disse Prates. O local escolhido foi o Conjunto Fazenda Grande 2, nas proximidades da Maternidade Albert Sabin, num espaço antes utilizado pelos moradores com campo de futebol e duas quadras de futsal.
“O esporte é um meio para entreter e afastar os jovens das drogas. Com essa demora na conclusão do ginásio, as ações esportivas no bairro ficam comprometidas. Não há espaços adequados e nem previsão para a mudança dessa realidade”, alertou o edil.
Nova Constituinte
Outras obras estaduais criticadas na CMS estão em Nova Constituinte, no subúrbio da cidade. Luiz Carlos Suíca (PT), moradores e lideranças comunitárias locais, participaram na manhã de terça-feira, 27, de reunião com representantes da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) em busca de esclarecimentos para a paralisação dos trabalhos do PAC – Urbanização e Construção, financiados pelo governo federal, incluindo a construção da escola municipal.
Os representantes do órgão estadual afirmaram que a construção é de médio/longo prazo e abrange não somente a parte estrutural, mas também a parte social do bairro. A demora se deve, explicaram ao descumprimento do contrato firmado com a empresa Realeza, responsável pelos serviços. Uma nova licitação está sendo feita, mas obras emergenciais e de drenagem estão sendo realizadas por conta das chuvas.
Para o petista a reunião foi extremamente importante a fim de evitar um maior desgaste com os moradores: “Essa comunidade existe há 28 anos e conheço o sofrimento deles. Sei o que é almejar uma melhor qualidade de vida no local onde mora e eles já estão tendo paciência demais. Quero respostas pontuadas pela Conder. O que eles podem fazer até que as obras retornem?”
Em sua opinião a situação não pode ser utilizada de forma política para acusar as lideranças que realmente trabalham: “Sabemos que as obras pararam não foi por questão política, mas por questão de contrato com a empresa. Como vereador de Salvador, fico preocupado com a situação, mas estou aqui para ajudar a resolver o problema”.