O deputado estadual Alan Sanches (PSD), que tem entre as suas pricipais bandeiras uma saúde de qualidade para os baianos, presidiu nesta terça-feira (13), audiência pública para debater a atual situação do setor no município de Santo Antonio de Jesus, em especial da Santa Casa de Misericórdia (Hospital Luís Argolo), cujos médicos que estão há cerca de onze meses sem receber salário pedirem demissão coletiva da única maternidade da região. 

Diante da ausência de representante da prefeitura no debate, bem como qualquer tipo de negociação com a instituição, o deputado cobra da administração municipal, renponsável pela gestão plena de saúde na cidade, solução para o impasse ou a transferência da responsabilidade para o governo estadual.

Um dos principais motivos para a crise, conforme atestou o diretor-administrativo da instituição, Marcos Britto, presente na audiência, seria a falta de cumprimento de convênio por parte da prefeitura, que hoje já soma R$ 640 mil. Conforme ele, o valor que se recebe do SUS está muito aquém e sem o convênio a situação fica muito pior.

 “Um parto normal custa R$ 1.200 e o SUS repassa apenas R$ 450”, enfatizou. Alan Sanches, por sua vez, destacou que uma vida já foi ceifada e nova tragédia não pode se repetir. Uma jovem teve que dá à luz a um filho na recepção da maternidade e, infelizmente, o seu bebê acabou morrendo, pois não havia médico plantonista.

De acordo com o promotor do Ministério Público de Santo Antonio de Jesus, Waldemar Ferraz, a falta de resolução para o problema o obrigou a propor em reunião de mais de quatro horas nesta segunda-feira (12), o pagamento de subvenção (convênio) por parte da prefeitura, desde que o hospital cumpra com as exigências documentais, a exemplo de apresentação de certidões. Conforme ele, após a aprovação na Câmara de Vereadores, o convênio voltará a ser pago.

 “É que o todos nós esperamos e acredito que os vereadores que também estão na luta por uma saúde melhor não se oporão, bem como nós médicos da Santa Casa”, frisou o edil Fransciso Freire, que também é médico no Hospital Luís Argolo.

Compulseram a mesa ainda o diretor da 4ª Dires, Everaldo Júnior; Hernane Mercês, representante da OAB e da Maçonaria, Sheila Suely; presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (SINDSERV); Marcos Lessa, do Conselho Municipal de Saúde; o presidente da Câmara Municipal, Marcos Có e o vereador Tom. Todos foram unanimes de que a atual situação do setor precisa de melhorias.