Depois da realização de 26 audiências públicas em diversos municípios, a campanha de mobilização em prol da implantação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia (UFNB) chegou à Assembleia Legislativa. Com o auditório Jutahy Magalhães lotado de comitivas de mais de 70 municípios, foram realizados na manhã de sexta-feira, dia 9, uma audiência pública e um seminário, em parceria com a Câmara dos Deputados. O objetivo foi apresentar o projeto e angariar o apoio de parlamentares, bem como do governo do Estado para que a proposta seja encaminhada ao governo federal.

Bastante concorrida, as atividades demonstraram porque a luta pela UFNB já é considerada a maior mobilização ocorrida no Brasil em prol de uma universidade pública. Chamou a atenção a expressiva participação de prefeitos, vereadores, estudantes, professores, representantes de movimentos sociais e lideranças estudantis dos Territórios de Identidade Bacia do Jacuípe, Sisal, Semiárido Nordeste II e Litoral Norte/Agreste de Alagoinhas. Com faixas e bandeiras, os participantes reafirmavam um dos slogans da campana “Eu quero a UFNB”.

O deputado Joseildo Ramos (PT), que presidiu os trabalhos e foi um dos proponentes da discussão, falou da importância da construção coletiva que vem sendo realizada e sugeriu que os 63 parlamentares possam subscrever o projeto da Universidade. “A nossa caminhada tem a marca da solidariedade. Sozinho ninguém é capaz, mas quando juntamos as forças, podemos transformar, salientou a deputada Fátima Nunes (PT), apoiadora dos eventos.

AVANÇOS

Já a deputada Neusa Cadore (PT), também parceira das atividades, destacou os avanços na educação, com a criação de 18 universidades federais a partir dos governos de Lula e de Dilma, mas disse que é preciso avançar. “Apenas 15% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior, enquanto em países como a Coréia do Sul esse índice chega a 82%. A universidade é a garantia de que os nossos jovens terão oportunidade de se qualificar para poder contribuir com o desenvolvimento da região, principalmente do nosso semiárido”, afirmou.