“Salvador vive uma transformação física, de humor e de sentimento. O soteropolitano passa a acreditar e ter mais alegria, a autoestima está retornando para toda a sua população”. O pronunciamento é do presidente da Câmara de Salvador, vereador Paulo Câmara (PSDB), comemorando a passagem dos 465 anos da capital baiana.
Para o tucano, “temos belezas encantadoras, mas uma injustiça social ainda muito grande. Numa cidade de aproximadamente 3 milhões de pessoas, cerca de 1 milhão ainda vive em uma situação muito desagradável”. A chamada Cidade da Bahia, diz Paulo, não pode ter esses índices de violência, desemprego e injustiça social, pois “merece muito mais e o esforço está sendo feito pela Prefeitura e por esta Casa Legislativa para Salvador ser cada vez mais justa e humana”.
Na opinião dos demais edis a festa ultrapassa o limite da data histórica, servindo sobretudo de reflexão na busca de caminhos para melhorar a qualidade de vida dos seus moradores.
Alternativas de convivência
Na tarde desta sexta-feira, 28, o Centro Cultural da CMS recebeu diversas intervenções baseadas na coletividade. O evento, intitulado “Salvador 465: Projetos coletivos e alternativas de convivência com a cidade”, reuniu projetos nas áreas de educação, artes e políticas públicas para a construção de uma cidade focada na sustentabilidade.
A programação começou com a apresentação do curta “Para que nós não nos sintamos sós”, de Fabrício Ramos e Camele Queiroz. “Temos o objetivo de gerar dissonância no campo do audiovisual, através de peças curtas que pensem a cidade”, afirmou Fabrício.
A iniciativa do Bairro-Escola Rio Vermelho foi destacada no encontro. O projeto demonstra intervenções pedagógicas transformadoras dos espaços públicos como extensão das salas de aula.
Também marcaram presença representantes do Brechó Eco-Solidário, do grupo Desabafo Social, e do projeto Canteiros Coletivos. No foyer do espaço multiuso foi aberta a exposição fotográfica “A Beleza do Subúrbio”, fruto do trabalho de crianças moradoras da região.