Elmar Nascimento disse que a oposição precisa ficar de orelhas em pé porque Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, é quem toca o projeto da Ponte Salvador-Itaparica, orçada em R$7bi
Tasso Franco , da redação em Salvador |
24/03/2014 às 17:20
No plenário quase vazio Rosemberg defende a Petrobras
Foto: BJÁ
As discussões sobre o PL com a mensagem do Poder Executivo que fixa o reajuste dos servidores públicos em 5.9%, com 2% retroativos a janeiro e o restante dos 3.9% para setembro próximo, ficaram para a próxima terça-feira, 25, porque a sessão desta segunda não teve quórum e só falaram 6 deputados no pequeno expediente.
O líder das oposições, deputado Elmar Nascimento (DEM), preferiu abordar a crise de credibilidade que envolve a Petrobras diante da compra da Refinaria de Passadena, EUA, por valor bem acima do mercado, ao que chama de "mais recente escândalo do governo da presidente Dilma" e colocou o governador Wagner dentro do processo, na medida em que, o chefe do executivo baiano era conselheiro da estatal.
Segundo Elmar, o governo Wagner ficou mal na fita, pois, além do governador ter dado o aval para compra de um negócio "mal cheiroso", ainda abrigou no seu primeiro escalão o secretário Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e responsável direto pela aquisição de Passadena.
"Estão aniquilando com a Petrobras e Gabrielli é o homem da ponte Salvador-Itaparica, obra estimada em R$7 bilhões e que, recentemente, consumiu R$50 milhões em papéis. A oposição tem que ficar de orelhas em pé e acompanhar esses dois casos", frisou Elmar afirmando que espera que a Bahia passe ao largo do "escândalo da Petrobras".
RÉPLICA
Já o líder do PT na Casa, deputado Rosemberg Pinto, afirmou que o deputado Elmar é até um razoável parlamentar, porém, um "péssimo conhecedor de petróleo e vem para a tribuna desta Casa falar algumas asneiras". Segundo Rosemberg, a polêmica sobre a compra da refinaria nos Estados Unidos "é matéria requentada e o ex-presidente Gabrielli já deu todas explicações no Senado".
Segundo Rosemberg é preciso entender a compra de Passadena dentro de um contexto de época. "Naquela época era um excelente negócio para a Petrobras, estatal que colocou os pés nos Estados Unidos", de forma soberana, para competir no mercado internacional de petróleo.
Ainda de acordo com Gabrielli, foi "na época do partido deles que tentaram acabar com a Petrobras deixando-a à míngua e com 22.000 servidores, quando hoje com 48.000 trabalhadores atuando de forma direta".
Por fim, Rosemberg destacou que "negócio mal cheiroso foi a venda da Coelba, cujo dinheiro ninguém sabe para onde foi. A Petrobras dez um belo negócio para o Brasil com a compra da Refinaria de Passadena", concluiu.