Política

BOTÃO DO Pânico é lançado em SSA e já está disponível para smartphones

Tucano indicou ao governador Wagner para que adote a medida através da Secretaria de Segurança Pública
| 21/03/2014 às 20:23
Paulo: proteção para mulheres vítimas de violência
Foto: Limiro Besnosik

O aplicativo para smartphones chamado de Botão do Pânico foi lançado em Salvador pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Câmara (PSDB). A ferramenta pode ser instalada em aparelhos de mulheres vítimas da violência e monitoradas pela Justiça. A apresentação aconteceu na quinta-feira, 20, em presença do presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, desembargador Eserval Rocha.

De acordo com o tucano o software “é uma ferramenta tecnológica importante e inovadora no combate à violência contra a mulher. A mulher que sofrer ameaças de seus maridos, ex-maridos e companheiros pode acionar a polícia com apenas um toque no celular”. Ainda segundo ele, agora as autoridades competentes terão meios de combater com mais eficiência e agilidade os crimes contra a mulher no estado.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Bahia é o segundo estado do país no ranking de assassinatos de mulheres praticados por parceiros, ficando atrás apenas do Espírito Santo.

O Botão do Pânico, já implantado utilizado no Espírito Santo, é um dispositivo eletrônico que possui GPS e também gravação de áudio. No momento em que o botão é pressionado, a central de monitoramento recebe um chamado e a viatura mais próxima vai até o local.

Paulo fez também projeto de indicação ao governador Jaques Wagner sugerindo a adoção da ferramenta pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.

Entre 2009 e 2011, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios, ou seja, “mortes de mulheres por conflito de gênero”, especialmente em casos de agressão perpetrada por parceiros íntimos. No Espírito Santo, são 11,24 mortes a cada 100 mil mulheres. A Bahia registra 9,08 assassinatos a cada 100 mil mulheres.

Em Salvador, no primeiro semestre de 2013, foram registrados pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 1.486 casos de mulheres que prestaram queixa após sofrer agressão com lesão corporal. “Como muitas mulheres não prestam queixa de seus cônjuges, estes números estão longe da realidade”, avalia Paulo.