Elmar sinaliza que aceitaria Marcelo nas oposições
Tasso Franco , da redação em Salvador |
12/03/2014 às 19:03
Marcelo Nilo, presidente da Assembleia, ao centro de Geddel e ACM Neto na Prefeitura
Foto: Max Haack
Amigo pessoal do ex-deputado Luiz Carreira, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), ao que tudo indica rejeitado por Wagner para ser o vice de Rui Costa, candidato do PT ao governo do Estado, compareceu à posse do novo secretário da Casa Civil da Prefeitura e mostrou-se à vonte no ninho oposicionista.
O líder das oposições, deputado Elmar Nascimento (DEM), afirmou durante a solenidade: “Presidente Marcelo Nilo nós o recebemos de braços abertos e tapete vermelho, dando a vossa excelência o seu real valor, pois sabemos que se vier a ser nosso parceiro será para toda a vida. Por acreditar ser o melhor. Não em troca de vantagens. Quem quer vantagem fica com quem está no governo, não sai porque entendeu que foi expulso ou humilhado, pois áulicos nós teremos de qualquer maneira antes da posse. Antes da posse teremos 50 deputados. É assim que funciona, é a regra do jogo”.
Encerrou alfinetando os governistas conclamando “o presidente Marcelo Nilo a não aceitar os risos e as gozações dos deputados do PT. Podem rir. Estão rindo de Marcelo Nilo depois da humilhação que lhe impuseram, mas não se trata de caso para risadas. Deveriam todos os deputados governistas subir hoje à presidência para se solidarizar com ele. Oferecer algum tipo de conforto. Afinal, não se trata dessa forma um companheiro de 30 anos – o mais valoroso de todos, o mais amigo de todos. É por isso que o PT não serve para nós".
Elmar se referia a fato que aconteceu na sessão da Assembleia Legislativa, ontem, quando Marcelo foi ignorado pelos petistas e foi objeto de desprezo por integrantes da base governista, enquanto os pepistas eram simpaticamente recebidos.
Marcelo Nilo se pocionou contra a aliança do PDT com ACM Neto, em 2012, e era deputado do PSDB ligado ao ex-senador Jutahy Magalhães e depois ao seu filho Jutahy Magalhães Jr, de quem é amigo de longas datas. Recentemente, ao inaugurar um novo anexo na Assembleia colocou o nome do ex-senador e homenageou sua familia.
Marcelo deixou o PSDB e integrou o PDT para participar da base governista de Wagner. Considera-se amigo pessoal do governador e tem bons serviços prestados ao governo como presidente da Assembleia.