Política

LÍDER DA oposição critica aumento do IPTU e obras em Paripe

Para Gilmar a revisão do valor venal foi equivocada
| 30/01/2014 às 19:23
Gilmar: críticas à prefeitura
Foto: Limiro Besnosik

O líder da oposição na Câmara de Salvador, Gilmar Santiago (PT) denuncia um aumento de mais de 40% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pela Prefeitura. Segundo ele a revisão do valor venal ocorreu “de forma equivocada”, pois colocou de uma vez só para a população a responsabilidade desse problema histórico.

Antes da votação do projeto do IPTU, disse o petista, a oposição propôs o reajuste gradual de acordo com a inflação, mas não foi acatado pelo governo: “Sabemos que a prefeitura tem problemas de arrecadação, mas não dá para impor para a população um aumento de mais de 40% no IPTU”.

Em sua opinião, ao contrário do divulgado pelo executivo municipal, o aumento da arrecadação do imposto não será usado em intervenções urbanas e em mais qualidade nos serviços, como educação e saúde, pois o objetivo do imposto deve ser a manutenção e pagamento das despesas da prefeitura: “Não é a elevação do IPTU que vai dar mais robustez aos investimentos, até porque nos últimos anos quem tem realizado obras, como a Av. Pinto de Aguiar e a Via Expressa, é o governo do Estado”.

Mais críticas

Sobre a revitalização da orla de São Tomé de Paripe, anunciado pelo prefeito como equivalente à realizada na Barra o edil vê “as intervenções de requalificação são distintas, a começar pelo investimento”. A seu ver ACM Neto tem priorizado no projeto as áreas mais nobres da cidade, investindo R$ 57 milhões na requalificação da orla da Barra e R$ 3,5 milhões em São Tomé de Paripe.

“Não é possível que as duas intervenções urbanas sejam semelhantes, pois o investimento em uma é dez vezes maior que o na outra. Está evidente que uma área da cidade está tendo privilégio”, declarou o oposicionista.

Além disso, afirmou, a orla de São Tomé é maior que a da Barra e possui mais demandas de requalificação: “Há anos a prefeitura municipal não tem olhado para o Subúrbio, que possui uma beleza própria. O problema não é só o investimento, que é extremamente maior na Barra, mas também a relação entre a dimensão em quilômetros que será revitalizada e o do valor investimento em cada lugar”.