Política

CÂMARA de SSA vota mais projetos do executivo sem tensão nas galerias

Vereadores protestaram contra comportamento das galerias no dia anterior
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 17/12/2013 às 17:39
A sessão desta vez ocorreu sem incidentes nas galerias
Foto: LB

Vereadores protestando contra as galerias? Pode? Na Câmara de Salvador pode. E foi o que aconteceu na tarde desta terça-feira, 17, quando vários edis, a começar pelo presidente Paulo Câmara (PSDB), foram à tribuna para reclamar dos ataques sofridos no dia anterior por parte de representantes dos servidores públicos municipais.

Ruidosamente, com xingamentos, palavrões, ameaça de agressões físicas e até um ovo atirado contra David Rios (PSD), eles exigiam prioridade para a votação do plano de saúde do funcionalismo da cidade, cuja aprovação deve ocorrer ainda nesta sessão, após a apreciação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2014, projeto encaminhado pelo executivo.

A oposição bem que tentou inverter a ordem dos textos, alegando que a matéria de interesse dos servidores é sucinta e dispensaria discussões, ao contrário da LOA, mas a máxima concessão feita pela Mesa e a bancada governista foi o adiamento dos tempos partidários para depois das votações.

Desta vez, porém, os representantes sindicais mais exaltados da segunda-feira, 16, foram proibidos de entrar na Casa. Poucas vezes se viu uma galeria tão comportada, até mesmo nos esparsos protestos iniciados pelos presentes.

Momentos de tensão

Em seu pronunciamento, Paulo Câmara criticou duramente o comportamento das pessoas na galeria durante a sessão passada e recebeu a solidariedade quase unânime dos colegas, tanto da situação quanto da oposição. O tucano ressaltou a transparência e a abertura democrática praticadas pela direção da CMS em vários outros momentos de tensão com a população, a exemplo da invasão promovida pelo Movimento Passe Livre.

Sua palavra foi precedida pela do petista Henrique Carballal, que levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções dos manifestantes e pediu investigação para o episódio. Geraldo Jr. (PSD) anunciou a solicitação da criação de uma comissão para averiguar possíveis irregularidades na demora ou celeridade de votação do plano de saúde.

Outro discurso inflamado veio de Claudio Tinoco (DEM), declarando-se indignado com os xingamentos e ameaças que recebeu, mesmo dirigindo-se de forma “humilde e respeitosa” aos militantes, pedindo calma para a ordem de votação das propostas em plenário.

Serenados os ânimos, a sessão seguiu seu ritmo normal, começando a apreciar as matérias, depois do acordo com os partidos para deixar os pronunciamentos de seus representantes para após as votações.

O primeiro aprovado foi a adequação do Município à lei orgânica de seguridade social, permitindo à prefeitura receber e administrar verbas federais para assistência social. Em seguida foi submetido ao plenário o plano anual do magistério, para se passar à discussão da LOA e, finalmente, ao projeto de saúde dos funcionários.