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EF , da redação em Salvador |
11/12/2013 às 16:15
Todos os anos, entre dezembro e janeiro, as fortes chuvas de verão costumam causar grandes danos no país, alguns irreparáveis. Foi o que ocorreu no município de Lajedinho, onde 17 pessoas morreram em virtude da tempestade que atingiu a região na noite de sábado, 07. O fenômeno natural é previsível pela meteorologia para este período do ano, mas as providências a serem tomadas pelo governo federal para conter as suas consequências ficam muito aquém do necessário, conforme avalia o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB).
“A negligência, a falta de atenção e a incompetência do governo possibilitam a ocorrências desses acidentes. O governo dispõe de verbas no orçamento, mas não aplica estes recursos. Reconstruir cidades após uma situação como a de Lajedinho sai muito mais caro, sem contar as vidas que se perdem”, lamentou. Hoje, quem sofre com isso é o Rio de Janeiro.
Conforme denunciou o jornal “Correio Braziliense” na segunda-feira, 09, só metade do orçamento foi utilizado pelo governo. Os seis ministérios com verbas para conter tais problemas (Integração Nacional, Cidades, Defesa, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Meio Ambiente) tinham R$ 5,2 bilhões este ano para atuar em ações de contenção de encostas, sistemas de drenagem urbana e manejo de águas pluviais e desassoreamento e recuperação de bacias. No entanto, gastaram somente 51% do total, cerca de R$ 2,7 bilhões.
Para Imbassahy, isso mostra que o governo não tem o devido interesse no assunto e desrespeita a vida humana. “Se houvesse a devida aplicação dos recursos conforme previsto no orçamento, não teríamos tanta gente hoje em desespero e famílias com tanto sofrimento como ocorreu em Lajedinho”, afirmou.
Alguns dos projetos do governo previstos no orçamento deste ano nem sequer saíram do papel, como o Plano Nacional de Gestão de Risco e Alertas de Desastres Naturais, lançado em 2012, que previa metas como instalação de nove radares meteorológicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Apenas um foi colocado em Natal, Rio Grande do Norte. Os outros ficaram para 2014, caso efetivamente saiam do papel.