Atendendo a requerimento da Senadora Lídice da Mata, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado realiza em Salvador Painel destinado a debater o Projeto de Lei da Câmara 31/2009, que dispõe sobre o reconhecimento da atividade de capoeira.  O encontro reunirá especialistas sobre o assunto nesta sexta-feira, a partir das 14h, no Centro Cultural da Câmara dos Vereadores.

Lídice é a relatora do projeto de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá, que trata da profissionalização da Capoeira e sua regulamentação como atividade profissional enquanto esporte. A escolha capital Baiana se justifica por ser Salvador - juntamente com o Recôncavo - berço da capoeira no Brasil, onde nasceram dois dos seus maiores expoentes: Mestre Bimba e Mestre Pastinha.

“Estamos fazendo uma grande convocação através das redes sociais e da imprensa, pelo comparecimento a este debate não só de estudiosos e praticantes da capoeira como forma de expressão artística e corporal, mas principalmente daqueles que fazem deste saber um modo de vida. Precisamos de todos para construir um relatório capaz de atender as necessidades de reconhecimento da categoria e, ao mesmo tempo, assegurar as condições de preservação de saberes ancestrais que fazem desta arte que reúne luta, dança e música e esporte no maior embaixador da cultura nacional em todo o mundo”, destacou a senadora baiana.

Com seis milhões de praticantes no Brasil e outros dois milhões espalhados por 152 países, a Capoeira tem sido objeto de forte polêmica acerca de sua regulamentação enquanto segmento esportivo, desde que a época de seu reconhecimento como patrimônio imaterial brasileiro pelo Iphan, em 2008, o Conselho Federal de Educação Física passou a defender a exigência de apresentação de diploma universitário para o exercício da atividade de instrutor de capoeira. 

Além de Lídice, comporão a mesa de abertura dos trabalhos Hélio Campos, mestre de capoeira e professor-doutor da Ufba em educação física; Jairo Júnior, representante da Confederação Brasileira de Capoeira (CBC); José Hilton Santos Almeida, presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP); e Jurema de Souza Machado, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).