Wagner mantém data para dia 30 de novembro, mas avisa que não tem bola de cristal
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/11/2013 às 17:00
Governador Wagner conversa com Marcelo Nilo na sessão para Giocondo Dias
Foto: Moka
O governador Jaques Wagner afirmou aos jornalistas nesta tarde de quarta-feira, 20, antes da sessão especial para restituir simbolicamente o mandato de Giocondo Dias, que sua conta para lançar o candidato da base governistas à sua sucessão está mantida para dia 30 de novembro próximo. Ainda assim, fez a ressalva: "Mas não tenho bola de cristal".
Em resposta às insinuações do secretário José Ségio Gabrielli dando conta, ontem, em carta ao PT, de que seu nome continua posto à sucessão e a opinião do governador Wagner embora seja importante não significa que seja exclusivita, o chefe do executivo baiano disse que nunca pretendeu que sua opinião dentro do partido seja exclusiva.
E completou: "Nunca constrangi ninguém dentro do PT e essa veste (exclusivista) não cabe em mim". Segundo Wagner, ele conversa com todos e trabalha para fortalecer o time no seu conjunto para ser campeão e não apenas no preparo e fortalecimento de apenas um nome. "Não temos candidato pronto. Eu era, em 2006, o nome certo para perder e ganhei; enquanto meu adversário era o nome certo para ganhar e perdeu".
O governador acentou ainda que está muito a vontade no processo dessa discussão. Wagner falou também sobre a decisão do STF em prender os mensaleirose situou que o Poder Judiciário "tem que ser colocado à margem de paixões". Condenou a espetacularização envolvendo as prisões e disse que, do ponto de vista político, esta é uma página virada para o PT.
" O PT não é um partido de marginais. Sempre digo que no PT (como em outras instituiçõies) vai se encontrar santos e diabos. Isso, no entanto, não tira a característica do PT nem vai acabar com o partido", frisou.
Sobre o Judiciário baiano e as mudanças que estão ocorrendo no TJ parabenizou a eleição do novo presidente eleito hoje, desembargador Eserval Rocha, e disse que o Poder Judiciário na Bahia passa por um momento de afirmação.
Na solenidade para Giocondo, o governador exaltou a figura política do comunista e defendeu a democracia brasileira. "Vivemos o mais longo período da democracia no país", concluiu.