O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) interpretou como “uma deselegância política” as declarações ofensivas do colega de bancada e também deputado federal Amauri Teixeira. “Não é a postura que se espera de um colega de partido” - afirmou. No início do mês, Pelegrino participou de um café da manhã em Jacobina com lideranças políticas do PT e de outros partidos. Na ocasião, foi convidado a visitar o Hospital Regina Vicentina Gular, que é filantrópico e está paralisado desde janeiro. “Fiquei indignado com a situação e já tomei providências. Como deputado votado em Jacobina, me senti na obrigação de ajudar.

Ainda de acordo com Pelegrino, a unidade conta com 150 leitos, ala de pediatria, cinco salas de cirurgia, e está parada “por falta de interesse político”. “Eu já conversei com o secretário de Saúde, Jorge Solla, e estou acompanhando de perto o processo de reabertura do hospital, que beneficiaria 19 cidades. Minha conduta é lastreada no interesse da saúde da população de Jacobina e Região”.

A causa do descontentamento de Amauri teria sido também a manifestação de apoio a Pelegrino do ex-prefeito de Jacobina, Leopoldo Moraes Passos (sem partido), principal liderança da oposição na cidade. Pelegrino lembrou a Amauri que Leopoldo, juntamente com a ex-prefeita Valdice Castro, apoiaram Dilma e Jaques Wagner na última eleição enquanto Macedo apoiou e apoiará Geddel. “Ele pode ficar sem palanque na cidade” - advertiu. Ao contrário de Amauri, Pelegrino preferiu minimizar a desarmonia. “A forma como ele usa o verbo dentro e fora do PT todo mundo sabe e evito comentar”.