Com informações da Metropole e Tudo
Tasso Franco , da redação em Salvador |
01/11/2013 às 11:54
Presidente Dilma falou a radialistas Levi Vasconcelos e Mário Kértész
Foto: Antonio Cruz
"A aliança do PT com o PMDB é muito importante para o governo, mas não são só esses dois partidos que participam da aliança. Temos uma grande aliança partidária que sustenta o governo, seja do ponto de vista da governabilidade no parlamento, seja dando respaldo à gestão. É uma aliança formada por blocos. A minha aliança federal tem dinamismo e está formada com base na administração das coisas nacionais. É óbvio que os partidos não são homogêneos. Alguns são mais, outros são menos. Esses partidos que não são homogêneos têm dinâmicas diferenciadas", declarou.
Dilma concluiu que os pactos partidários regionais têm de ser geridos dentro dos estados. "A política nacional se sobrepõe a qualquer aliança regional. O que vale é a politica de alianças nacional. Se houver problemas que podem interferir na nacional, será tratado no âmbito nacional. Mas aí tem que ter um fato concreto. O que é regional tem que ser resolvido regionalmente", falou.
DIPLOMATA
A presidente Dilma Rousseff - que visita Salvador nesta sexta-feira, 1º, para inaugurar a Via Expressa Baía de Todos-os-Santos - não deu dicas sobre o nome do PT para a eleição estadual em 2014. Ao ser questionada em entrevista por duas rádios sobre a indicação do governador Jaques Wagner para sua sucessão no estado, Dilma preferiu desconversar. "Não sei. Jaques é muito discreto", afirmou.
De forma mais incisiva, os jornalistas disseram à presidente que nos bastidores o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), surge como preferido. Ela, mais uma vez, saiu pela tangente, respondendo apenas com um "pois é", deixando a dúvida sobre o futuro candidato no ar.
Além de Rui Costa, o secretário do Planejamento José Sérgio Gabrielli, o senador Walter Pinheiro e o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano também disputam o apoio de Wagner. O governador disse que o candidato do PT à eleição de 2014 deve ser definido até o próximo dia 15. Já a diretoria do partido quer estender o prazo até 30 de novembro.
Saiba mais
Sobre as disputas estaduais de partidos que fazem parte da aliança com o governo federal, Dilma disse que o pacto nacional deve prevalecer ao regional. "A aliança nacional é formada por um bloco de partidos e tem um dinamismo para tratar da administração dos assuntos federais", afirmou ela
A presidente afirmou ainda que, apesar disso, "os partidos não são homogêneos e podem ter dinâmicas diferenciadas nos estados. No entanto, a política nacional se sobrepõe a qualquer aliança regional. Se houver problemas que podem interferir na aliança nacional, será resolvido nacionalmente. Ao contrário, o que é regional tem que ser resolvido regionalmente".
Na Bahia, o PSB, que é aliado do governo estadual, entrega nesta sexta os cargos que possuem na gestão de Wagner para lançar a candidatura da senadora Lídice da Mata. A relação entre o PSB e PT estremeceu, já que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (presidente da legenda), pretende disputar a eleição com Dilma.
Diante disso, o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, afirmou que o partido terá apenas um palanque no estado, que é o da presidente Dilma.
O Partido Progressista (PP) também já levantou a possibilidade de deixar a base aliada na Bahia, por conta de divergências sobre o candidato para o pleito de 2014. Neste caso, o partido poderia apoiar um nome de outro partido, como o da senadora Lídice da Mata.
Wagner no Senado
Nos bastidores da política surgiu a possibilidade de Wagner deixar o governo para se candidatar a senador em Brasília. Questionada se pretende levar o governador para Brasília, Dilma mais uma vez desconversou.
"Entre a minha vontade e ele ir (para Brasília) vai uma grande distância. Sempre que puder quero tê-lo perto de mim, já que sou muito amiga dele e da primeira-dama Fátima Mendonça. Eu gostaria que ele fosse me ajudar sempre que possível, mas entendo que ele tem um compromisso como o povo baiano", disse.