Política

NILO diz que não há desvio funções PMs na AL e chama Tadeu de ingrato

Clima tenso na Assembleia Legislativa nesta terça-feira nas discussões entre Marcelo Nilo x capitão Tadeu
Tasso Franco , da redação em Salvador | 08/10/2013 às 16:45
Marcelo Nilo na tribuna da Casa pela segunda vez em 6 anos e 10 meses
Foto: BJÁ
   Em ambiente tenso, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), afirmou nesta terça-feira (8) em segundo pronunciamento na tribuna da Casa depois de mais de 6 anos na função, em resposta a denúnicas do deputado capitão Tadeu (PSB) sobre desvios de funções e práticas de influência praticadas na assistência militar, sob o comando do coronel PM Yuri, que "não existe desvio de funçções de policiais militares da PM na ALBA e todos estão a serviço do patrimônio público".

   Marcelo destacou, ainda assim, que vai constituir uma comissão formada por três deputados  para apurar os relatos do deputado Tadeu a quem classificou de ingrato e de não assumir denúncias sobre sua familia que foram divulgadas pelo Correio, bem como desafiou o socialista a citar um deputado que tenha sido solidário com ele. "Fui massacrado nos últimos 15 dias e o pior cidadão é aquele que atinge e não tem coragem de assumir".

   Tadeu, em sua fala, disse que não partiram dele as denúncias sobre os familiares de Marcelo, "em momento algum fiz referência à sua família" e apenas subia a tribuna para se defender, pois, Marcelo "comprou uma briga que não era dele e sim com o coronel Yuri". Segundo Tadeu, Yuri o hostilizou e mandou que soldados da PM o deixasse enfrentando tropas do Exército durante a invação da ALBA pelo Exército durante a greve da PM.

   O deputado frisou, ainda, que há desvio de funções de militares na Assembleia, recebimento de diárias fora do normal e entregou a Mesa dois documentos de contra-chques de militares que "sequer veem aqui receber o dinheiro". Reafirmou que o cel. Yuri funcionou como chefe de gabinete de Marcelo por dois anos e só não ficou mais porque regimentalmente não podia.

   BRIGA FEIA

    “As acusações não são contra mim. Não são contra o presidente da Assembleia. Envolvem a Assistência Militar. Confio muito no coronel Yuri”, apontou Nilo, em referência ao atual chefe da pasta, acusado pelo subtenente Evaldo Silva e pelo sargento Santos de montar um esquema em que quase 40 policiais, dos 63 que atuam na AL-BA, trabalhariam como seguranças particulares e até motoristas de familiares dos parlamentares. 

   O presidente da Casa informou que formará uma comissão de três deputados para investigar as denúncias e prometeu inserir no grupo um nome indicado pelo responsável pela documentação que comprovaria as acusações, Capitão Tadeu (PSB). 

   Destacou, ainda, que além da segurança da casa e do presidente, só existem militares protegendo os deputados (a pedido deles) Maria Luiza e Elmar Nascimento, este último em duas viagens a Campo Formoso diante do clima de disputa judicial/eleitoral naquela cidade.