Após encerrado o prazo para as filiações partidárias visando as eleições de 2014, vários vereadores de Salvador começam a confirmar suas pretensões de disputar vaga na Assembleia Legislativa da Bahia no próximo ano. Da lista de candidatos, antecipada pelo BJá, alguns já assumem a postulação.
É o caso de Gilmar Santiago que, ao lado de Luis Carlos Suíca, é um dos dois edis petistas na relação. Líder oposicionista na CMS, Gilmar revela ter iniciado campanha desde janeiro, com viagens ao interior do Estado, esperando conseguir votos na cidade, Região Metropolitana de Salvador e Recôncavo, na perspectiva de melhorar seu desempenho em relação a 2010, quando foi o segundo na preferência dos eleitores soteropolitanos, mas sem votos em outros municípios.
Ele conta com o apoio do senador Walter Pinheiro e deve fazer dobradinha com Yulo Oiticica, que vai tentar se eleger para o Congresso, e os atuais deputados federais Afonso Florence, Luis Alberto e Nelson Pelegrino, a depender da região. Suíca ainda negocia com o deputado Walmir Assunção, mas também admite o pleito.
Candidato dos bairros
No PMDB, Pedrinho Pepê é candidatíssimo: “O eleitorado da Bahia mudou seu pensamento e quer um deputado que tem relação com a cidade, com o bairro e as comunidades, e isso me faz entender que eu posso ser esse parlamentar”. Com cerca de 11 mil votos para federal nas últimas eleições, o pemedebista espera aumentar essa quantidade no âmbito estadual, embora ressalte que ninguém, a essa altura dos acontecimentos, pode fazer previsão alguma.
Fabíola Mansur (PSB) lembra que sua primeira tentativa foi para estadual, em 2010, não esconde sua vontade de chegar à Alba, mas garante não haver decisão tomada e remete sua escolha para o partido: “Estou gostando de ser vereadora. Essa interface com a cidade é importante”.
Além da capital, espera ter eleitores em Gandu, Lauro de Freitas, Irecê, Paulo Afonso e outras cidades, pois acredita ter seu trabalho como cirurgiã oftalmológica reconhecido por uma numerosa clientela espalhada pela Bahia. Foi também diretora da Associação Baiana de Medicina e, se confirmada a candidatura, levará como bandeiras a saúde e a defesa das mulheres, das pessoas com deficiência e do segmento gay (LGTB).
Ana Rita Tavares, de partido novo (PROS), vê sua indicação como um clamor de seus eleitores, ligados à causa animal. Mais uma vez tem esperança de contar com a força das redes sociais para alavancar sua pretensão, mas afirma não ter recebido ainda o sinal verde de sua sigla, com quem pretende negociar.
Aladilce Souza (PCdoB) é outra em dúvida, pois quer ter certeza das condições que o partido lhe dará para levar adiante o processo: “Estou analisando ainda. Estou no terceiro mandato como vereadora e eleição de dois em dois anos é muito desgastante”. Segundo ela, não se trata de vaidade, mas de respeito e responsabilidade com sua atual posição política perante o eleitorado.