Política

SSP diz que tiro advertência foi para garantir integridade servidores

Líder do governo na Assembleia não quis entrar no mérito da questão envolvendo a SSP e integrantes do MST
Tasso Franco , da redação em Salvador | 10/09/2013 às 16:26
Subsecretário Ari Pereira aponta arma para manifestantes
Foto: Sálvio OLiveira
   O lider do governo na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto, PT, não quis comentar ou entrar no mérito da acusação de integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), os quais, acusam o subsecretário de Segurança Pública, Ari Pereira, de atirar três vezes em direção ao grupo de manifestantes quando eles invadiram a sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), por volta de 8 horas desta terça-feira, 10.

   A SSP enviou uma nota para imprensa confirmando que foi deflagrado um tiro, mas sem identificar o autor do disparo. No comunicado, a assessoria da SSP diz que o disparo foi de advertência, já que os manifestantes, que ocupavam o térreo do órgão, "pretendiam subir às escadas para ter acesso aos outros pavimentos". 

  A assessoria diz que a ação foi para garantir a integridade dos servidores que estavam trabalhando, já que os membros do MST estavam armados com "foices, facões, machados, enxadas e paus". Por conta dos disparos, há marcas de tiros no vidro da porta de entrada do órgão, mas ninguém ficou ferido.

   Confronto 

    O clima continua tenso no local e os membros do MST formaram um cordão de isolamento na entrada da sede do SSP. Com facão, foice e pedaços de madeira na mão, eles chegaram a ameaçar entrar em confronto com integrantes da Companhia de Policiamento Especializado (Cipe). Policiais da Rondas Especiais da Polícia Militar (Rondesp) também reforçam a segurança no local.

   A pauta de reivindicações do grupo solicita a punição dos responsáveis pela morte de Fábio dos Santos Silva, membro do movimento assassinado com 15 tiros em abril deste ano. O crime ocorreu em Iguaí, na região sudoeste do Estado. Eles também pedem a aceleração da reforma agrária na Bahia e no Brasil.

   Os manifestantes ocupam a área externa da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, desde esta segunda-feira, 9.