A Câmara agiu como nos velhos tempos
LB , da redação em Salvador |
05/09/2013 às 09:44
Servidores protestaram e até um ovo foi jogado no vereador Davi Rios
Foto: Valdemiro Lopes
Depois de muitos protestos no plenário da Câmara Municipal de Salvador, na quarta-feira (4), com as bancadas do governo e da oposição divergindo sobre a conveniência de votar, em regime de urgência, foram aprovados os projetos do Executivo relativos a alterações na tabela progressiva do IPTU e projetos de reajuste dos servidores municipais.
A oposição considerou um "golpe" o pedido de urgência para votar o polêmico projeto do IPTU vai vai escorchar a classe média. O vereador Waldir Pires ficou indignado, pois, a matéria deveria ser analisada com mais prudência pela CCJ.
Das galerias, dezenas de trabalhadores pressionavam pela aprovação das matérias de interesse do funcionalismo, mas contra dispositivos que permitem contratações pelo Reda (Regime Especial de Direito Administrativo).
A bancada da oposição, que defendia a votação apenas dos projetos de interesse do funcionalismo, para ter tempo de aprofundar a discussão sobre os projetos relativos ao IPTU, com o argumento de que são complexos e só chegaram ao conhecimento dos vereadores na terça-feira (3), adotou a tática de obstruir o processo.
SESSÃO TUMULTUADA
Durante a votação, manifestantes protestaram e o vereador David Rios (PSD) chegou a ser atingido por um ovo, arremessado por uma das pessoas que acompanhava a sessão das galerias do plenário. A Polícia Militar então esvaziou o local e o presidente da Câmara declarou a intenção de buscar imagens para identificar o agressor.
Outra confusão envolveu o vereador Marcell Moraes (PV), que foi xingado e chegou a partir para cima do manifestante, sendo contido pelos presentes. Os trabalhadores nas galerias protestavam pedindo aprovação das matérias a favor do funcionalismo, mas contra dispositivos legais que permitem contratações através do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).
As bancadas do governo e da oposição discordavam sobre a conveniência de votar os projetos em regime de urgência. A oposição queria votar somente o reajuste dos servidores e discutir mais o projeto de mudança do IPTU, argumentando que este só chegou até os vereadores na terça-feira