O prefeito ACM Neto (DEM) esteve sob fogo pesado nesta terça-feira, 27, na Câmara de Salvador. O líder da oposição, vereador Gilmar Santiago (PT) garantiu que a nova administração municipal não tem motivos para comemorar nesses primeiros oito meses. Segundo ele, o pagamento da dívida não pode ser utilizado como um troféu; além disso, em sua opinião, o democrata não tem realizado obras na cidade.

O petista criticou também a declaração do alcaide sobre seu trabalho ser avaliado apenas no final do mandato, ou seja, em 2016: “Imagine se um vereador terá seu mandato avaliado apenas no final? Isso é democracia! Nós temos que ser avaliados para aperfeiçoarmos o nosso trabalho”.

O edil citou a situação de abandono da cidade com os buracos nas principais vias e a desigualdade social entre os bairros periféricos e nobres: “São caixas coletoras nas portas das escolas, falta de coleta do lixo nos dias e horários específicos, tudo isso encontramos na periferia e não nos bairros nobres. Estou dando o exemplo do lixo, mas poderia citar vários outros problemas que encontramos”.

Estacionamentos irregulares

Outro a criticar a administração municipal foi o também petista Arnando Lessa, para quem a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) da Prefeitura “precisa fiscalizar e multar os próprios órgãos municipais”. A Transalvador, responsável por diversos estacionamentos na capital baiana, descumpre as normas que são exigidas das áreas privadas, acrescentou.

Na entrada do estacionamento São Raimundo, denunciou, a Transalvador não oferece aos usuários uma placa com os preços da primeira hora e das horas subsequentes, como determina o Código de Defesa do Consumidor: “Quem chega não encontra o preço da tarifa na entrada. É preciso perguntar ao funcionário na cabine. Todos os estacionamentos precisam ter uma placa indicativa de preço com fácil visualização”.

Na Avenida Tancredo Neves, continuou, o estacionamento feito sob a orientação da Federação Internacional de Futebol (Fifa) também está distante do padrão de qualidade sugerido pela entidade máxima do futebol: “De forma absolutamente improvisada, o preço da primeira hora (R$ 4) é informado numa pequena folha de papel fixada na janela da guarita”.

Desde junho, disse ele, quando ocorreu a Copa das Confederações, o estacionamento nunca foi devidamente limpo, o lixo e entulho de construção se acumulam na área: “A Codecon encontra ali bons motivos para multar a Transalvador, que oferece serviço precário para baianos e turistas”.