A Presidente Dilma Rousseff participou, nesta quarta-feira, do anúncio dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, em São Paulo. Na sede da prefeitura, na região central da capital paulista, Dilma anunciou a liberação de R$ 8 bilhões para o desenvolvimento urbano na maior cidade do País. Acompanhada pelo prefeito Fernando Haddad e pelo ministro das cidades, Aguinaldo Ribeiro,  ela falou que a cidade do São Paulo sempre será a prioridade nos investimentos.

“Desde o início do nosso governo, colocamos R$ 89 bilhões no Brasil inteiro, desses, 30% estão aqui (em São Paulo). Vamos colocar mais R$ 50 bilhões e é justo que a primeira cidade a receber os primeiros R$ 8 bilhões seja São Paulo", disse Dilma.

A presidente anunciou a construção de 99 quilômetros de corredores de ônibus na capital e ainda sinalizou com investimento nas áreas da drenagem e recuperação de mananciais. 

“Hoje estamos anunciando R$ 8 bilhões de reais, divididos em 3 áreas: mobilidade urbana, com R$ 3 bilhões; drenagem, com 1,4 bilhões e recuperação de mananciais das represas Billings e Guarapiranga, com R$ 2,2 bilhões. E, para que essas obras possam ser feitas, sem que a população perca as moradias, vamos investir 1,5 bilhão em moradias do Minha Casa, Minha Vida para 20 mil famílias”, disse a presidente em seu discurso.

Segundo Dilma Rousseff, esse investimento em mobilidade será importante para desafogar o trânsito de São Paulo, principalmente em regiões muito povoadas, como a zona leste. “Eu já morei na Radial Leste, então eu sempre cito a radial leste”, disse a presidente, se referindo à avenida mais movimentada da região leste da capital. De acordo com a presidente, a estrada do M’Boi Mirim e as regiões das avenidas Belmira Marin e Engenheiro Luis Carlos Berrini também receberão investimento.

Durante o discurso, apesar de ressaltar as parcerias com o governo estadual, do tucano Geraldo Alckmin, a presidente falou sobre a falta de investimento do Estado, nas últimas décadas, em transportes sobre trilhos. “Como é possível ter uma cidade do tamanho de São Paulo sem transporte metroviário? Sem transporte ‘enterrado’ como se diz. Sem que o transporte possa ter uma velocidade que recorte a cidade”, falou.

“O governo federal está empenhado em investimento em metrô, corredor (de ônibus) e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)", completou Dilma, no encontro que não contou com a presença do governador, representado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Julio Francisco Semeghini Neto.