A campanha de Camaçari na disputa entre Maurício de Tude (PTN) e Ademar Delgado (PT) virou peça de debate durante a sessão desta tarde de terça-feira, 18, na Assembleia Legislativa quando os deputados petistas Maria Del Carmen e Bira Coroa criticaram na tribuna da Casa, a postura do candidato do PTN, o qual em entrevista teria comparado a deputada Luiza Maia, PT, como uma "galinha".
 
   Segundo Del Carmen foi uma atitude machista e inconcebível de Maurício de Tude ao comentar de forma pejorativa que Luiza Maia, hoje deputada, mas, então presidente da Câmara de Vereadores de Camaçari quando seu marido Luiz Caetano era prefeito teria agido de forma pouco atenciosa, passando a mão pela cabeça do companheiro, e agindo como se fosse "raposa tomando conta de galinheiro".

   Bira Coroa também foi nessa linha e defendeu uma maior responsabilidade por parte de Maurício de Tude. Já a deputada Luiza Maia, bastante magoada, também foi a tribuna da Casa e ainda tentou até divulgar o audio da conversa, porém, impedida de fazê-lo pelo presidente em exercicio da mesa, Elmar Nascimento, pois, o regimento não permite esse tipo de locução em plenário.

   Luiza Maia, disse, no entanto, que já entrou com uma representação judicial contra Maurício e classificou o PTNista de candidato da "agressão e da mentira", uma pessoa desrespeitosa com as mulheres de Camaçari. Uma passeata de desagravo acontecerá na sexta-feira, em Camaçari.

   CLIMA QUENTE

   Em defesa de Maurício de Tude, o deputado Bruno Reis disse que "o PT foi capaz de matar o prefeito de Santo André, Celso Daniel, que o PT foi capaz de matar Neylton Souto na Secretaria da Saúde de Salvador, que o PT comandou o Mensalão, daí que mentir é normal para os deputados do PT".

   Segundo Bruno, "Bira Coroa foi estrupado eleitoralmente por Caetano e Maria Del Carmen não tem conhecimento de causa para falar de Camaçari" e essa história de Luiza Maia ser vitima de machismo não tem o menor cabimento. Ainda de acordo com o deputado, o PT "inventou uma guerra religiosa em SP, uma guerra racista em Salvador e agora quer uma guerra do sexo em Camaçari".

   Na opinião de Bruno, Maurício de Tude expressou sua opinião em Camaçari, "o mandonismo em Camaçari, a grande familia" e destacou numa entrevista que uma Câmara de Vereadores dirigida por mulher do chefe do executivo, é a mesma coisa que "raposa tomando conta de galinheiro", portanto, sem citação a deputada como se fosse uma "galinha".

   Por fim, o deputado Bruno Reis disse que Maurício de Tude é uma pessoa ilibada e que "nunca saiu algemado" de Camaçari para a cadeia.

   Para o deputado Rosemberg Pinto PT, de fato, qualquer que tenha sido a fala do candidato Maurício de Tude ele extrapolou, sobretudo porque o debate político deve se situar no campo das ideias e não nesse palavreado.

   O deputado Luciano Simões PMDB também deu sua opinião sobre o episódio e disse que a deputada Luiza Maia não deveria ficar chateada pois se alguma adjetivação cabe em sua pessoa esta não é de "galinha" e sim de "raposa".