Melhorou bastante a posição eleitoral do prefeito de Serrinha, Osni Cardoso, PT, candidato à reeleição com o apoio que recebeu de antigos adversários, o ex-prefeito Claudionor Ferreira (Ferreirinha), o ex-deputado Plínio Carneiro, e a familia do ex-vereador Ernesto Ferreira, além da incorporação como vice em sua chapa do empresário Gika, do PSB. Com isso, uma eleição que se afigurava dificilima, pois a rejeição a Osni era grande, sobretudo na zona rural, acontece um equilíbrio e até passa a ser preferencial.

    Essa união dos contrários, Ferreirinha apoiou Paulo Souto na última eleição; e Ernesto Ferreira, ainda vivo, apoiou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) fez com que Osni isolasse a candidatura do Dr Adriano, filho do ex-prefeito Josevaldo Lima, o qual acabou só conseguindo o apoio da ex-prefeita Tânia Lomes, de quem também já foi adversária, indicando a sua filha Paula para compor a vice. Nesse cenário, com a candidatura Lulu do Gás capengando pelo PSC, a disputa ficou mais confortável para Osni ainda que, em política, vitória só após a abertura das urnas.

   Quando se conversa com os partidáios de Osni diz-se que terá uma ampla vitória; e quando se fala com os partidários de Dr Adriano é a mesma acertiva. Na realidade, Osni, o qual estava muito ruim na zona rural, com alta rejeição, segundo o próprio confessou ao BJÁ na época do São João, este ano, com a chegada de Gika e a adesão de Ferreirinha esse quadro está se modificando e o prefeito conseguiu melhorar sua posição entre os rurais.

   Na área urbana, com as obras do Minha Casa Minha Vida, asfaltamento de algumas ruas e melhoria no atendimento à saúde, além de uma assentada máquina administrativa, Osni é o preferencial. A expectativa, no entanto, era de que Osni fosse um melhor gestor diante de seu alinhamento com o PT e com o secretário Rui Costa. Ficou devendo sobretudo em relação a investimentos produtivos na geração de empregos e no enclausuramento de seus seguidores, sem abertura aos aliados.

   Agora, com as eleições e uma possivel vitória de Osni esse quadro muda. Osni, que nunca teve o apoio devido do deputado estadual que ajudou a eleger, Joseildo Ramos, hoje, candidato a prefeito de Alagoinhas, PT, se reeleito deverá se desencompatibilizar, em 2014, para se candidatar a deputado estadual ou ficar até o final do mandato e "morrer" na política. Nesse caso, se eleito, Gika assumirá o poder e poderá se candidatar a reeleição, em 2016.

   Acontece que, Osni, se eleito, vai ter que dividir o poder com Plínio, Ferreirinha e os Ferreira de Ernesto abrindo o "gueto" petista na Prefeitura, onde trouxe gente de fora para administrar. Ademais, Gika é PSB e o pré-candidato (em tese) do PT para 2016 é o vereador Sandro Magalhães. Vê-se, pois, que Osni, desde já vai ter que pagar seu preço lá adiante. O PT, por outro lado, já está pagando seu preço e se desfigurou parcialmente em Serrinha. (TF)