Os servidores do Incra e do Ministério Desenvolvimento Agrário (MDA) fecham os portões do prédio do Instituto, durante todo o dia, no Centro Administrativo. A categoria faz vigília, em frente aos portões, por um resultado favorável, na reunião que acontece às 14h, entre o Ministério do Planejamento e os representantes do movimento. Trata-se da primeira reunião do Planejamento para tratar questões do Incra/MDA que iniciou a greve em junho.
Ninguém entra no prédio. As chefias e secretárias que compunham o quadro dos 30% que trabalham durante a paralisação não têm acesso às dependências do Instituto, até quarta-feira (15). Das 30 superintendências regionais do órgão, 28 estão em greve em todo o país.
A expectativa é de que a categoria conquiste a equiparação aos vencimentos dos servidores do Ministério da Agricultura. Os profissionais do Incra e MDA ganham, em média, 70% a menos que os da Agricultura para desenvolver atividades semelhantes.
A greve do Incra/MDA, que começou na Bahia no dia 26 de junho, objetiva corrigir essa distorção dentro do Executivo Federal. Além de lutar por um novo plano de cargos e salários, a categoria também visa à recomposição da força de trabalho.
Na Bahia são 190 servidores para atender a 51 mil famílias de assentamentos rurais e projetos fundo de pasto reconhecidos pelo Incra. Além de atender demandas da reforma agrária, o Instituto executa a regularização fundiária de comunidades quilombolas e atende os proprietários para o georreferenciamento e certificação de imóveis rurais e emissão do Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR).