Política

PROFESSORES EM GREVE DEIXAM ASSEMBLEIA ATÉ 14 HORAS DESTA SEXTA-FEIRA

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| 18/07/2012 às 16:05
O juiz Ruy Eduardo Brito conseguiu fechar acordo com professores e a APLB
Foto: BJÁ
(Atualizada às 18h15min)

Os professores estaduais em greve deverão fazer uma nova assembleia da categoria no pátio da Assembleia na manhã desta sexta-feira, às 10h. Hoje à tarde, após reunião com o juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Brito, foi assinado um acordo de reintegração da posse da Assembleia valendo a partir das 14h, sexta-feira, 20.

O acordo foi assinado pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, pelo coordenador da APLB, Ruy Oliveira, pelo procurador jurídico da Casa, Graciliano Bomfim, e pelo juiz Ruy Eduardo Brito garantindo assim a reintegração da posse. Os professores (independente do resultado da assembleia que se realizará pela manhã) deverão desocupar o saguão da ALBA a partir das 14 horas.

O clima do encontro foi bastante tenso com o coordenador da APLB, Ruy Oliveira, querendo postegar a saída para a próxima terça-feira. Entendeu o magistrado em sua visita, no entanto, que houve "turbação" (ato ilicito que impede um obstáculo) no saguão da Assembleia e seria necessária a reintegração de posse, imediata. 

Depois de muita conversa chegou-se então ao acordo para 14h da sexta-feira, 20, respeitando-se a assembleia no pátio na manhã deste mesmo dia. Nas entrevistas à imprensa, Ruy saiu acusando Marcelo e vice-versa, com termos de "intransigente", "autoritário" e assim por diante.



(Atualizada dia 19, 16h55min)

O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Brito, antecipou sua visita de inspeção a área ocupada pelos professores em greve na Assembleia Legislativa e faz a inspeção neste momento. Já esteve reunido com o professor Ruy Oliveira, visitou o saguão e agora faz uma reunião conjunta com o procurador jurídico da Casa, Graciliano Bomfim, o chefe da assessoria militar da ALBA, capitão Aranhã e o professor Ruy.

A decisão do juiz poderá sair ainda nesta quinta-feira.


(Matéria de 18/7/16h)
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Brito, marcou para sexta-feira próxima, às 10h, uma visita de inspeção ao saguão da Assembleia Legislativa ocupado pelos professores em greve desde abril último. A decisão do magistrado foi comunicada ao presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo, o qual optou por fazer uma inspeção antes de tomar qualquer decisão sobre o pedido de reintegração de posse do local feito pela Procuradoria Jurídica da Casa a pedido do presidente.

   Para promover a inspeção, o juiz solicitou força policial, mas, ainda assim, determinando que essa FP fique do lado de fora da Casa Legislativa e à sua disposição, caso seja necessário. Embora o juiz tenha marcado a inspeção para sexta-feira, 20, ele tem a prerrogativa de fazer a inspeção a qualquer hora, podendo se quiser ser feita ainda nesta quarta-feira ou mesmo na quinta-feira.

   Hoje, após assembleia da categoria dos professores, que decidiu enviar uma nova proposta à SEC com as mesmas bases anteriores (22% de reajuste, readmissão de pessoal, pagamento dos salários cortados, etc), o coordenador da APLB, Ruy Oliveira, anunciou que estava deixando a assembleia porque o saguão da Assembleia estarria sendo ocupada pela PM, o que não foi verdadeiro.

   O presidente da Casa, Marcelo Nilo, já disse que vai aguardar a decisão judicial sobre a reintegração da posse do saguão. Somente a partir dessa decisão, exarado no que estabelecer o juiz, tomará as devidas providências.
   
   OPOSIÇÃO PROTESTA

   
A bancada de Oposição da Assembleia Legislativa da Bahia, se reuniu nesta quarta-feira, 18, pela manhã,  com o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), solicitando que o mesmo reveja a decisão de expulsar os professores da Assembleia.  O líder da oposição Paulo Azi (DEM) defende  uma solução negociada e advertiu que a bancada não aceitará qualquer tentativa de invasão policial ao prédio.


   A oposição emitiu nota pública de apoio aos professores ontem, 17, lembrando que os grevistas ocupam de maneira pacífica e ordeira o saguão da Casa, não havendo, portanto, nada que justifique ação policial. Azi frisou que Marcelo Nilo deveria utilizar o seu bom senso e poder político para fazer com que a comissão de Educação da Alba debata a questão da "caixa preta" do Fundeb  e fazer gestões junto ao governador Wagner para que seja menos intransigente e atenda as justas reivindicações dos professores. "Volto a alertar que esta é a Casa do diálogo e não da força", reforçou Paulo Azi.