Os projetos de reajuste salarial dos funcionários e implantação das gratificações para policiais militares somente serão votados pela Assembléia Legislativa depois do carnaval. Após consulta a representantes de entidades que congregam diversas categorias de servidores, a bancada da minoria resolveu não assinar acordo para dispensa das formalidades que viabilizariam a aprovação dos projetos na sessão plenária de amanhã.
Os projetos foram encaminhados hoje à Assembleia e o líder da oposição Reinaldo Braga (pr) explicou que, além dos deputados e dos servidores não conhecerem os projetos, não haveria tempo suficiente para análise das matérias e proposição de emendas de interesse dos servidores.
Segundo Reinaldo, uma coisa é discussão de matéria entre governo e associações de PMs fora do âmbito da Assembleia, e outra coisa é tratar a matéria na Casa Legislativa. "Aqui é a instância própria para isso e nós acreditamos que se houver bom senso do governo, a GAP 4 pode ser paga no mês de junho", frisou o deputado.
A bancada de oposição quer discutir com os secretários estaduais da Fazenda e da Administração, o impacto financeiro na folha de pagamentos do Estado, após a implantação dos novos valores propostos pelos projetos de lei que estão em tramitação na Casa, propondo o reajuste linear de 6,5% para o funcionalismo e implantação da gratificação GAP IV e V para os policiais militares.
Através de ofício encaminhado ao presidente da Assembleia Marcelo Nilo, os parlamentares da minoria solicitaram que seja feito o convite aos secretários Carlos Martins e Manoel Vitório, que deverão apresentar os dados de pagamento de pessoal, confrontando-os com os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
FALA DE WAGNER
Sobre o pronunciamento do governador Wagner o deputado disse que se tratou de um "repeteco" de projetos já amunciados e que ainda estariam em execução. "De novo, o governador não anunciou absolutamente nada.
O deputado também confidenciou ao BJÁ que o ex-senador César Borges será o pré-candidato a prefeito de Salvador pelo PR. "Nós já o consultamos e ele aceitou a missão" revelou Reinaldo situando que o deputado Maurício Trindade não tem condições de ser candidato, pois, tem uma posição dúbia, se apresentando como independente e tb como vinculado ao governo Wagner.