Política

DEPOIS DO BEIJO DA "MORTE", BOLO DE ANIVERSÁRIO DERRUBA GEN DO COMANDO

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| 08/02/2012 às 19:54
General G. Dias sendo execessivamente simpático com grevistas e até chorou
Foto: Elói Corrêa

Segundo o blog de Noblat (O Globo), o general Gonçalves Dias, comandante da 6a. Região Militar, designado pelo Ministério da Defesa para coordenar a operação do Exército de repressão à greve da Polícia Milita baiana, perdeu o cargo hoje, segundo informa um dos assessores do governador Jaques Wagner (PT).

A ordem para afastar o genberal da operação foi dada pela presidente Dilma Rousseff. Ela não gostou de vê-lo ser presenteado com um bolo pelos grevistas no mdia do seu aniversário, abraçar-se com um deles e depois chorar. Foi considerado "meio fanfarrão".

Gonçalves Dias foi chefe da segurança do Palácio do Planalto durante os dois governos de Lula.

Desde cédio havíamos comentado aqui neste BJÁ e no twitter que a atitude do general G Dias com os grevistas tinha desagradado e muito o Palácio do Planalto, especialmente a presidente Dilma que teria visto as cenas na TV.

AUMENTO CONTINGENTE

Mais cedo, o comando do Exército comunicou que aumentou de 1.300 para 1.400 homens o efeitivo no cordão de isolamento que fechar todos os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde está localizada a Assembleia Legislativa da Bahia - ocupada há uma semana por manifestantes do movimento. Segundo o porta-voz do comando, tenente coronel Márcio Cunha, o reforço conta com cerca de 150 agentes da Polícia Militar. Perguntado sobre o aumento de efeitvo, o porta-voz disse apenas que foi "fruto de uma avaliação do Estado Maior", mas não deu detalhes sobre isso. Mesmo sem ser perguntado, o tenente-coronel Cunha afirmou que o general Gonçalves Dias continua no comando da operação.

À tarde, uma tropa do Recife debelou um princípio de arrastão no bairro de Itapuã. Ainda segundo o porta-voz, foram restringidas as entradas de alimentos, remédios, água para os amotinados que permanencem no Legislativo, ao contrário de terça-feira, quando houve uma flexibilização do comandante da operação, o general Gonçalves Dias, que fez aniversário e se emocionou ao receber um bolo de presente dos grevistas. Segundo Cunha, os manifestantes não estão probidos de receberem atendimento - mas este deverá ser feito em uma ambulância do Exército, do lado de fora do prédio, sem possibilidade de retorno à Assembleia. O acesso de pessoal também está restrito: apenas agentes de segurança e jornalistas têm permissão para passar. Outras situações serão analisadas caso a caso - o objetivo, segundo o comando, seria facilitar o avanço das negociações