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Seguranças na porta da CCJ e imprensa barrada no encontro da Agenda Bahia
Foto: BJÁ
Os jornalistas e radialistas que foram cobrir a solenidade de lançamento da Agenda Bahia 2, na Assembleia Legislativa da Bahia, foram barrados na porta da sala da Comissão de Constituição e Justiça (que ironia) nesta manhã quarta-feira, 21, após serem convidados tanto pela Assessoria de Imprensa na ALBA, quanto pela Assessoria de Imprensa da SECOM, governo do Estado.
Para o presidente do Comitê de Imprensa da Assembleia, jornalista Levi Vasconcelos, colunista de A Tarde e um dos barrados, "se era pra deixar a gente de fora não deveriam ter convidado. Agora, se convidaram tinham que mostrar o que estão fazendo ai dentro", comentou.
Questionado pelo BJÁ, o assessor de imprensa do governador, jornalista Ipojucã Cabral, disse que a ordem não teria partido dele e a Assembleia é área que não diz parte ao Executivo. "Agora, o que puder fazer eu faço para vocês entrarem".
Já o assessor de imprensa da ALBA, jornalista Paulo Bina, justificou que se trata de uma reunião de trabalho e, portanto, como aconteceu de igual modo no TJ, seria um encontro reservado.
O BJÁ, na representação do seu diretor de redaçaão Tasso Franco protestou na porta da Comissão, mas, o mais que conseguiu foi que cinegrafistas e fotógrafos registrassem o encontro com o tempo de 2 minutos permanecendo na sala.
"Trata-se uma situação absurda, na Casa da Cidadania, e ninguém pode aceitar uma situação dessa natureza", frisou.
Franco lembrou que no início da legislatura o governador Jaques Wagner em seu discurso na Assembleia pediu a imprensa colaboração com os projetos do governo, especialmente em relação à segurança, e, quando se vai lançar um programa importante para a cidadania, a imprensa é censurada.
"Ora, se era uma reunião de trabalho, a imprensa deveria ser avisada anteriormente, o que evitaria esse tipo de contrangimento, ainda mais na Casa do Povo", comentou.
Os jornalistas foram colocados numa sala ao lado da Comissão de Justiça onde foram servidos água e sequilhos e tiverem direito de entrevistar o governador na sua chegada a ALBA. Inicialmente, a entrevista do governador seria no salão nobre, mas, nem isso aconteceu.