(por Limiro Besnosik)
Apesar do clima de recesso, presente entre os vereadores, após a aprovação da Lei Orçamentária Anual, nessa terça-feira, 20, o Legislativo municipal ainda tem pelo menos mais uma tarefa antes das férias: a mobilidade urbana para a Copa 2014, cujo documento chegou, por e-mail, ao apagar das luzes da última sessão.
A Câmara precisa dar o termo de anuência para a Prefeitura autorizar o processo licitatório das obras até o dia 30, sob pena do Governo do Estado deixar de receber os cerca de R$ 2 bilhões destinados pelo PAC 2 para o modal sobre trilhos da Avenida Paralela até Lauro de Freitas.
Líderes das bancadas da situação e da oposição, Téo Senna (PTC) e Vânia Galvão (PT) não veem dificuldade em reunir os colegas nesse esforço de última hora. A petista aponta motivos convergentes para facilitar os entendimentos: "É de interesse do Governo do Estado e da cidade".
Segundo ela, em relação aos oposicionistas o quadro é tranquilo quanto à presença em plenário, e em sua avaliação a situação também não terá dificuldade, pois João Henrique Carneiro tem maioria folgada e pode mobilizar seus edis sem problemas.
A voz discordante desse clima de paz é o neo-petista Alcindo Anunciação, que não perde a ocasião para alfinetar Téo Senna: "A bancada do governo está à deriva; essa votação só vai acontecer se o governador Wagner entrar em campo para mobilizar a bancada do prefeito".
O vereador reclama ainda de um outro projeto, enviado pelo Executivo, tratando de preservação ambiental, mas trazendo, na verdade, uma espécie de privatização de uma das ilhas da Baia de Todos os Santos. De acordo com Alcindo, o texto cita as ilhas do Frade e de Loreto, prevendo cercar o mar, algo reservado apenas para a União, segundo a Constituição Federal. Tudo isso em função de um hotel a ser erguido e explorado pela Construtora Suarez.