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Deputado Bira Corôa, relator da matéria, explica que houve avanços, mas falta acordo
Foto: BJÁ
Melou. O projeto do Executivo que previa a passagem gratuita para deficientes em ônibus interurbanos, com limite para duas pessoas mais acompanhante, e que deveria ser votado na tarde desta terça-feira, 20, na Assembleia Legislativa, ficou sem acordo e deverá ser apreciado amanhã ou mesmo no próximo ano.
Inicialmente o projeto previa a gratuidade para deficientes visuais e cadeirantes, mas, o relator da matéria, deputado Bira Coroa (PT) colocou mais duas categorias de deficientes e estabeleceu-se o impasse com deputados que representam o setor de transporte coletivo, na liderança de Ronaldo Carleto, PP, cuja família é proprietária de empresas de ônibus no Sul e Extremo-Sul do Estado.
Segundo o relator Bira Cora, o qual teve que ir ao saguão da Casa justificar perante uma centena de deficientes presentes na Casa, o porque do projeto não ser votado, "houve avanços, com o aceite de 2 cadeiras por viagem, mas os empresários querem saber quem vai pagar a conta", justificou.
Perguntado pelo BJÁ se ele sabia quanto era esse valor, Bira disse que não tinha conhecimento, nem os empresários estimaram essa quantia. A questão básica é que, com o aumento de 2 categorias de deficientes para 4 categorias de deficientes os empresários temem que 5% de passageiros de todas as viagens no estado sejam ocupadas por deficientes, e aí o prejuizo seria enorme.
Bira propõe, ainda, uma alternativa que seria votar o projeto e depois regulamentá-lo, em 120 dias, mas, dificilmente essa situação será aceita. O lider da Maioiria, deputado Zé Neto (PT) também esteve dialogando com um grupo de deficientes no saguão, mas, diante de protestos e muita gente falando ao mesmo tempo disse ao BJÁ que não havia diálogo.
Zé Neto diz que o projeto é muito bom e precisa apenas de ajustes e diálogo para sua aprovação por acordo.
BATE BOCA
Para o deputado líder do PT, Yulo Oiticica, a culpa de não se votar o projeto seria da oposição e fez essa referência em plenário. Em contra-ponto, o deputado Targino Machado (PSC), disse que não aceitava o "proselitismo" do petista, que a oposição estava disposta a votar o projeto, mas, toda a questão, as dúvidas e as pendências estvam entre os deputados da base do governo.
Esboçou-se um bate-boca entre ambos, Yulo dizendo que não admitia ser chamado de prosélito, "porque não faz parte de minha formação politica", e Targino sustentando que a argumentação de Yulo era apenas "jogo de cena porque a base governista, esta sim, não deseja votar o projeto".