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Geddel: "Qual é mesmo a marca do governo Wagner? O mapa da violência".
Foto: BJÁ
Durante encontro do PMDB com a imprensa nesta segunda-feira, 19, o ex-ministro da Integração Nacional e atual diretor da CEF, Geddel Vieira Lima, comentando sobre os 5 anos do governo Wagner disse que seria interessante o governador apontar para os baianos uma obra estruturante que tenha inaugurado na Bahia nesse período. "O que vemos - admitiu Geddel - é um governo sem marca, tateando e ancorado no governo federal".
Para Geddel, quando se trata de feitos do governo federal que interessam ao governo estadual "se espalham oudoors por toda a Bahia com projetos que ainda estão em andamento". Agora, quando se trata de uma situação que preocupa os baianos, como a profusão dos pedágios nas estradas federais, "aí ficam calados, fazem de conta que não é com ele".
Na opinião do político baiano a Bahia passa por um momento de estagnação e apresenta dados vergonhosos para o país, como o mapa da violência que coloca o Estado na zona epidêmica com 34.7 mortos por 100/mil, situação que nunca ocorreu, um sistema de saúde que "transformou o HGE em enfermaria" e uma educação "sem projetos, salvo o Topa cujos números anunciados pelo governo são discrepantes dos números oficiais do MEC".
O ex-ministro preferiu não comentar sobre as negociações entre o governo da Bahia e a CEF para administrar a conta-corrente do estado, hoje, com o Banco do Brasil, que tem um contrato até 2015. Disse, no entanto, que não será óbice para nada, desde que seja para beneficiar o estado.
Para o presidente do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima, o que se comenta é que a saúde financeira do Estado não está bem como se propaganda. "Tanto que estão devendo R$20 milhões a Construtora MRM, R$10 milhões do Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, e R$10 milhões do Hospital do Subúrbio e não pagam", frisou.
SUCESSÃO EM SALVADOR
Geddel mantém a confiança de que os partidos de oposição vão chegar a consenso e lançar um candidato único a prefeito de Salvador, logo após o Carnaval. "Não vamos precipitar os acontecimentos como fez Pelegrino, o qual "está indo até em batizado de boneca".
Admite que isso também acontecerá em Feira de Santana, embora Colbert Martins (PMDB) já tenha lançado seu nome e dito que é irreversível. "É natural que ele lance sua candidatura, mas as conversas em torno de uma candidatura única em Feira estão adiantadas".
Sobre a ausência do PP na Convenção que indicou Pelegrino candidato a prefeito, Vieira Lima disse que "o PP está começando a perceber o que significa o PT, partido que só deseja apoios mas nunca dar apoio, daí que o PP não parece disposto a fazer esse papel de força auxiliar".
Geddel diz que o fato de Alice Portugal (candidata do PCdoB) ter ido ao encontro de Pelegrino não representa qualquer alteração em sua disposição em candidatar-se a prefeita. "Se Lúcio fosse convidado, como presidente do PMDB da Bahia, também iria", frisou, o que não significa um apoio ou alinhamento automático.