Política

DECEPÇÃO NA CÂMARA COM EXPLICAÇÕES INCONSISTENTES DA SEC DIAS D'ÁVILA

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| 02/12/2011 às 22:57
Maria Celeste Trinda foi genérica e embromou o quanto pode
Foto: DIV

Com respostas genéricas e se aproveitando de uma manobra dos vereadores situacionistas - que se opuseram a prolongar a sessão especial realizada no auditório da Câmara Municipal - a secretária de Educação de Dias D'Ávila, Maria Celeste Trindade da Costa, decepcionou representantes da comunidade e professores, que aguardavam esclarecimentos sobre a situação do ensino público local, apontado, em recente pesquisa nacional, como um dos mais deficientes do estado.

A audiência pública foi uma iniciativa dos vereadores André Rosas (secretário) e Dr. José Carlos (líder da oposição), ambos do PSD, motivada por uma pesquisa do Sistema Firjan de Desenvolvimento Municipal, ligada ao Sesi/Senais e divulgada pelo Correio*, que colocou a educação de Dias D'Ávila entre as 20 piores da Bahia.

Indagada sobre o destino do subsecretário de Educação, César Pelaz, que recebe 150% de gratificação sobre o salário e estranhamente não exerce atividades naquela pasta - como advogado, presta assessoria a vereadores da base aliada da prefeita Andréia Xavier (Dem) -, Celeste Costa informou desconhecer o caso, para gargalhada da platéia.


Sobre educadores qualificados para ministrarem aulas para alunos com deficiência auditiva, que exigem professores especiais de Libras (Língua Brasileira de Sinais), a secretária reconheceu não ter a Educação de Dias D'Ávila estrutura adequada para atender esta necessidade. "A inclusão social é uma questão complexa", declarou, observando que "não dispomos de um contingente satisfatório de docentes especiais para tal fim".


O vereador Geraldo Requião (PSD) - vice presidente da casa e que presidiu a sessão, diante da ausência justificada da presidente Araci dos Santos Reis, - agradeceu a presença da secretária, lamentando, entretanto, a decisão da bancada situacionista, contrária a prorrogação da audiência pública, o que impediu que muitas dúvidas fossem esclarecidas. "Foi uma pena não podermos debater por mais tempo este assunto tão importante", disse Requião, lembrando que "quem não investe em Educação, posteriormente terá que gastar com Segurança Pública".