Nada de comemoração. Na Semana do Servidor Público, servidores municipais, estaduais e federais querem reconhecimento e valorização, e é por isso que vão fazer um grande ato, com muita Irreverência e protesto, na frente do Shopping Iguatemi, amanhã (25), às 9h. No protesto, uma banda de percussão e um bolo de 15 metros confeitado com frases sobre as lutas empreendidas por cada categoria.

 Tudo para mostrar a população que em 2011 o funcionalismo nada alcançou em negociações com o governo. "Lamentavelmente, este ano é o das indefinições para as diversas categorias do funcionalismo. Não houve nenhuma negociação sequer sobre a pauta geral apresentada pelos servidores. Essa opção de não negociar gera problemas porque antigas reivindicações não atendidas perduram revelando a injustiça com direitos e conquistas de trabalhadores", argumenta Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), seção Bahia.

Para o dirigente, um desgaste desnecessário para o próprio governo com as categorias que acreditaram nesse "novo projeto". "Agora temos que viver indo a justiça, ou deflagrando greves para arrancar reivindicações justas e históricas? Exemplos não faltam, como o desgaste com o episódio do Planserv e o atraso no pagamento da URV, relaciona Araújo.

Para Inalba Fontenelle, diretora-executiva do Sindisaúde, as categorias lutam por justiça, reconhecimento e valorização. "O nosso protesto é por uma nova postura desse governo. Nunca é tarde para corrigir rumos e é sempre bom lembrar que, além de trabalhador, o servidor público é um eleitor".

"Não se governa para o povo sem ouvir quem está nessa base, próximo à sociedade. É sempre bom lembrar que o servidor público é o estado na vida do cidadão, e este servidor insatisfeito representa a falência desse sistema", ressalta Adilson Araújo.

O evento é uma iniciativa do Fórum composto por diversas entidades representativas do funcionalismo público e pretende cobrar do governo mais investimentos nos serviços públicos e atendimentos das reivindicações dos servidores como o pagamento da URV; reinstalação da Mesa Central de Negociação; e o cumprimento dos acordos negociados.