O secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, pode inviabilizar a saúde de Salvador, impedindo a adoção de benefícios previstos na transmudação de regime dos agentes de saúde, a implantação do plano de saúde para os servidores municipais e o cumprimento do Plano de Cargos e Salários na área sem demissões em grande escala.
É que Solla está empenhado pessoalmente em promover o repasse direto de recursos para os hospitais filantrópicos, o que refletiria diretamente na receita corrente da saúde municipal e no piso constitucional de investimentos, obrigando a Prefeitura a promover cortes para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O alerta é do líder da Maioria na Câmara, o vereador Téo Senna (PTC), que vê na atuação de Solla a tentativa deliberada de prejudicar a saúde no município.
"Vamos cumprir nosso papel no Legislativo e buscar saber até onde está indo a sabotagem da saúde de Salvador. Há indícios de fatos mais graves do que a recente denúncia contra Solla envolvendo gestão hospitalar feita através do Tribunal de Contas do Estado (TCE)", dispara Téo.
Na avaliação do vereador, Solla está abertamente buscando a estadualização da gestão de saúde de Salvador, o que demonstra uma posição oportunista: "Ele se esquece de que foi um dos responsáveis pela municipalização da saúde, no primeiro governo de João Henrique, quando a secretaria municipal de Saúde estava sob a gestão desastrosa do PT", conclui.