O deputado estadual Alan Sanches (sem partido) pede ao executivo municipal que encontre uma alternativa para os ambulantes do bairro São Cristovão. O deputado, que luta pela implementação do Mercado Municipal na localidade, foi procurado por representantes do bairro que o relataram o temor de pelo menos 139 vendedores, todos moradores do local, de perderem as suas formas de sustento.
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) os teria ameaçados de retirá-los do local, sem oferecer outra opção viável. Com intuito de buscar uma solução para o impasse o deputado já se articula em prol de uma audiência com o secretário de Serviços Públicos, Marcelo Abreu.
"Quero deixar claro que não sou contra o ordenamento do comércio informal, tanto que desde a época em que era vereador que luto pela concretização do Mercado Municipal em São Cristovão, exatamente para sanar o problema. No entanto, sou prova viva de que o projeto idealizado por mim, em parceria com a Sesp e com o Conselho de Moradores permanece na gaveta. Sendo assim, não podemos admitir que os comerciantes que aqui residem e fazem do comércio seus meios de vidas de uma hora para outra, sem nenhuma alternativa, sejam retirados de forma brusca pela prefeitura, conforme prometido", destacou.
Alan Sanches defende que o executivo municipal sente-se à mesa com os vendedores e os dêem uma opção. "Isso, enquanto o mercado não sai do papel, mas é preciso também que a prefeitura aponte a que pé está a possibilidade de o mercado virar realidade para essas muitas famílias. Eu, pessoalmente, estou tentando intermediar esse diálogo e acredito que o secretário da Sesp se sensibilizará com a causa. Afinal, o passo mais importante já foi dado. Se existem entraves é preciso se buscar soluções", disse, referindo-se a finalização do projeto.
"Já sabemos, por exemplo, que o novo equipamento público será construído na Rua 3 de Maio e que, conforme projeto, os ambulantes ficarão de um lado e os feirantes do outro. Serão construídas 254 barradas de 2m x 2m e a feira livre terá 215 barracas desmontáveis, além de 39 estabelecimentos fechados, onde serão vendidas desde confecções e artesanatos a mariscos. Ao todo já existem 138 ambulantes cadastrados. Todos eles numa grande expectativa por uma espaço de trabalho mais digno, com melhor infraestrutura e o melhor legalizados, sem medo de serem retirados a qualquer momento".